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Publicado: 25/09/2018 | 2418 visualizações

CIPA FAFEN realiza reunião de urgência para avaliar Projeto de Importação de Amônia

Ao receber a notícia, a partir da denúncia feita ao Sindipetro Bahia, de que existia risco no Projeto de Importação de Amônia - que faz parte do programa de hibernação da fábrica -, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) convocou os integrantes do GT FAFEN, responsável pelo relatório de integridade das instalações, para uma reunião extraordinária.

A CIPA pediu explicações a respeito dos relatórios da TRANSPETRO e do Grupo de Trabalho (GT) FAFEN sobre o Projeto de Importação de Amônia. Durante quase quatro horas, dois integrantes do GT FAFEN tentaram explicar cada ponto do relatório que contrapôs as informações da TRANSPETRO e confirmaram todos os pontos trazidos pela denúncia feita ao Sindipetro Bahia (saiba mais).

Um dos pontos questionados por diretores do sindicato, que também participaram da reunião, foi a ausência de inspeção por “pig” instrumentado no amonioduto. Os integrantes do GT responderam que a FAFEN-BA não cumpre a N-2098 (norma da Petrobrás que trata de inspeção de dutos terrestres em operação), pois segue a norma API-570 que, segundo eles, atende a dutos de amônia.

O Sindipetro questionou ainda se o GT FAFEN tinha conhecimento de que em 2014, quando houve substituição dos dormentes do tanque de amônia no Porto de Aratu, foi descoberto vazamento no lastro do tanque, confirmando relatório de inspeção feito em 1992. O GT informou não ter conhecimento do fato e ficou de verificar o relatório da época.

Também foi comentado sobre o uso recorrente de resina epóxi, conhecida como “Belzona”, nas tubulações e equipamentos com integridade comprometida, inclusive na boca de visita do tanque de amônia, onde foi encontrado um furo e aplicada a resina. Além disso, durante a manutenção do tanque em 2014, foi aplicada resina em bocais degradados de instrumentos críticos de monitoramento, quando deveriam ser recuperados apropriadamente.

O GT confirmou o uso de “Belzona” nos equipamentos e que, inclusive, foi aplicada na tomada de uma válvula de segurança (PSV) no amonioduto, que está com corrosão alveolar.

A CIPA colocou que a transferência reversa de amônia (operação que se dará após a hibernação) exige uma pressão no duto de 40 kgf/cm², 33% maior do que a transferência convencional (FAFEN-BA – Porto de Aratu). Hoje, a transferência reversa opera em 10% de todas as transferências entre Fábrica e Porto e, após a hibernação, operará em 100% do tempo. Segundo a CIPA, esse aumento na frequência pode expor o duto de 33 Km a maior estresse, elevando os riscos.

 

Ao final da reunião, algumas deliberações foram aprovadas para aprofundar o estudo:

1. Inspecionar o amonioduto e o TMA, no dia 25/09/2018

2. Avaliar com a manutenção a possibilidade de realizar medição de amônia, com apoio do SMS, entre o lastro do TQ-5402 e a base de concreto do tanque, para confirmar a trinca passante no lastro;

3. Solicitar cópia do “Plano de Inspeção e Manutenção de Dutovia COPEC – RLAM – PORTO DE ARATU”;

4. Solicitar da Inspeção o descritivo das 59 recomendações relatadas que estão vencidas;

5. Solicitar Plano de Ação das 19 recomendações relacionadas ao sistema;

6. Emitir o Relatório das Atividades e Não-Conformidades encontradas pela CIPA.

 

O Sindipetro Bahia tem participado ativamente desta comissão de fábrica e continua na luta contra a hibernação da FAFEN-BA, sobretudo nas condições em que está sendo realizada, em atropelo às questões de segurança que impactam na vida dos trabalhadores e trabalhadoras, das comunidades do entorno e nas ilhas da Bahia de Todos os Santos. O sindicato apoia as iniciativas da CIPA e dará a estrutura necessária ao desempenho desta importante missão.

 

#FafenÉNossa

#FafenÉPetrobras

#JuntosSomosMaisFortes

 

Fonte: Sindipetro Bahia