247 - O Brasil ficou estagnado no ranking de desenvolvimento humano das Nações Unidas ao fechar 2017 na 79ª posição, a mesma desde 2015, quando a economia do país começou a entrar em colapso pela articulação do golpe de Estado que se concretizou em 2016. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro é de 0,759. Os dados atualizados foram divulgados nesta sexta-feira (14) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Entre 2012 e 2014, no governo Dilma Rousseff, período o País avançou seis colocações na classificação. Pelo critério da ONU, quanto mais perto de 1, maior é o desenvolvimento humano O IDH é calculado com base em indicadores de saúde, educação e renda.
A situação é pior quando se fala, exclusivamente, de desigualdade: o Brasil cai 17 posições. Na educação, o País ficou parado: o período esperado para que as pessoas fiquem na escola continuou em 15,4 anos e a média de anos de estudo, em 7,8 anos. A melhora do IDH do Brasil de 2016 para 2017 foi de 0,001.
O melhor colocado na lista continua sendo a Noruega (0,953) e o pior , o Níger (0,354). Quando analisados os dados dos Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), apenas Rússia apresenta um IDH maior que o do Brasil (0,816). Na América do Sul, o Brasil é o quinto país com maior IDH, perdendo para Chile, Argentina, Uruguai e Venezuela, nesta ordem.
A situação do País pode se agravar ainda mais com a PEC do Teto dos Gastos. De acordo com a proposta, o investimento de um ano deve ficar limitado ao do ano anterior e somente corrigido pela inflação. O fato é que os direitos sociais não são uma preocupação para o governo Michel Temer. Inclusive, o documento "A Ponte para o Futuro", lançado pelo MDB em 2015 e que é a base para a gestão atual, afirma que "o Brasil gasta muito com políticas públicas com resultados piores do que a maioria dos países relevantes (confira aqui - item H, página 19)". O golpe coloca em prática uma agenda nefasta para a sociedade.