Reconstruir a democracia, a soberania e o desenvolvimento nacional foi tema do primeiro painel da VII Plenafup realizado na parte da tarde desta quinta, 02. A mesa foi feita num formato diferente para facilitar a participação através dos comentários na transmissão ao vivo.
Participaram do painel, representantes da Fundação Mauricio Grabois, Marco Costa; Fundação Perseu Abramo, Isabel Leandro; Fundação Lauro Campos, Francisvaldo Souza; e Fundação João Mangabeira, Alexandre Navarro. Todas as fundações são vinculadas a importantes e históricos partidos da esquerda brasileira: PC do B, PT, PSOL e PSB, respectivamente.
Essas fundações se uniram e criaram dois manifestos voltados para o país. Isabel Leandro, da Fundação Perseu Abramo, explicou esses dois manifestos, o primeiro sobre a “Unidade para Reconstruir o Brasil” mais amplo, lançada no início de 2018 e o segundo “Por uma frente para Parlamentar compromissada com a reconstrução e o desenvolvimento do Brasil”.
“Os documentos expressam a convicção de que, apesar das adversidades, o Brasil tem plenas condições de superar a presente crise” – alertou Isabel.
Já o manifesto para os parlamentares tem o objetivo de desencadear um movimento que contribua para a eleição de um conjunto de parlamentares comprometidos com a alternativa de um projeto nacional de desenvolvimento.
A idéia é que uma vez eleitos, esses deputados, deputadas, senadores, senadoras poderão protagonizar a constituição de uma Frente Parlamentar cujos integrantes terão como referência de atuação a defesa de um projeto pela reconstrução e o desenvolvimento do Brasil. Um projeto justo e avançado para a Nação e o povo irá contribuir para a eleição e a formação de uma forte frente progressista no parlamento brasileiro
Marco Costa falou sobre crise internacional do capitalismo, onde “a forma mais cômoda que é a financeirização e a venda da força de trabalho. Crise essa que a Argentina e Brasil estão vivendo com mais força agora” – explicou, Costa que sugeriu que a opção é uma luta para tentar afirmar uma nova sociedade e nova forma de nos relacionarmos socialmente.
“A preocupação das fundações é mostrar que é possível superar divergências e trabalhar nas convergências” – Marcos Costa.
Fundação Lauro Campos, Francisvaldo Souza, disse que a preocupação do grupo é desenvolver um projeto político de longo prazo para construir o Brasil. Souza fez um histórico de como funcionava a política no Brasil, quando mulheres e negros não votavam inicialmente, passando pelo coronelismo e o voto de cabresto. A participação popular era irrisória e isso foi crescendo com o tempo. Temos necessidade de ampliação popular de participação política.
“Passamos por uma fase que a economia determinava as eleições e hoje estamos entrando numa fase em que a política tem que obedecer a justiça. Eles que estão determinando como a política tem que ser feita seguindo a linha do grande capital. Esse é o problema que vamos ter que enfrentar nesse período eleitoral – explicou Francisvaldo”
Alexandre Navarro da Fundação João Mangabeira falou do manifesto para que os parlamentares consigam materializar as propostas contidas no documento. Alertou que o orçamento para Ciência e Tecnologia foi limitado, além de muitas perdas que a sociedade teve após o golpe. “Tomara que consigamos construir essa frente parlamentar que retome o compromisso com as pessoas desse país” – comentou Navarro.
A participação do plenário foi feita através de comentários no post da Federação Única dos Petroleiros no facebook.
[Via Sindipetro-NF]