No começo da tarde desta quarta-feira (30), a diretoria do Sindipetro Bahia realizou uma assembléia com os trabalhadores da Rlam para decidir os rumos do movimento, que na refinaria começou com uma operação padrão.
A assembléia teve de ser realizada em um posto no município de Candeias, antes da chegada à RLAM, que desde a terça-feira está sendo vigiada por mais de 100 homens do exército, com carros, caminhões e viaturas da Polícia Militar.
A categoria decidiu pelo corte de rendição. Portanto, a partir das 15h desta quarta-feira, a Refinaria Landulpho Alves aderiu totalmente à greve, com uma grande adesão dos trabalhadores.
No Temadre, Transpetro Jequié, Transpetro Itabuna e PBIO e EDIBA, a greve segue com boa adesão. No centro da cidade de Itabuna, distante 438 km de Salvador, a população, juntamente com os grevistas, realizaram um ato pela redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha e contra a privatização do Sistema Petrobrás.
No Campo de Miranga (produtor de óleo e gás), que está à venda e em fase final de transferência de 100% de suas atividades para o mercado privado, o turno já completa dobra de 24 horas por falta de rendição e o administrativo todo, próprios e terceirizados, retornaram para suas residências. A gerência já trabalha a possibilidade de redução da produção e fechamento de poços por falta de rendição.
Para o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, “a questão central a ser debatida é a mudança na política de preços da Petrobrás e seus efeitos para a empresa e os consumidores. E isto estamos conseguindo pautar para a mídia e a sociedade. A partir daí, retomaremos nossos direitos e preservaremos a Petrobrás como uma empresa pública, que age com responsabilidade social”.
Fonte – Sindipetro Bahia