Na segunda rodada de debates do 7º Congresso d@s Petroleir@s da Bahia, ocorrida no último sábado (19/05) a mesa foi composta por Emiliano José, escritor, jornalista e ex-deputado federal, Radiovaldo Costa, diretor do Sindipetro-Bahia, Cynara Menezes, jornalista e editora do site “Socialista Morena” e Temoteo Gomes, coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB.
“Não há acaso neste cenário que estamos vivendo. Todas as estratégias foram traçadas para que a esquerda sofresse um esquartejamento em praça pública como sofreram os negros e pobres na revolta dos alfaiates”. Foi voltando na história que Emiliano José fez um comparativo entre a revolta dos alfaiates e o momento atual que a democracia e a esquerda tem enfrentado. “Esta luta não é somente da esquerda ou da Petrobrás, mas deve ser uma luta diária de todos os trabalhadores que defendem seus direitos de viver dignamente, de educar seus filhos e de preservar uma geração vindoura que pode nem sequer saber o que é uma democracia”, alertou.
Na oportunidade, Cynara Menezes chamou atenção para todas as conquistas alcançadas pelo povo através da democracia e das mobilizações sociais que foram realizadas no decorrer da história. “Hoje é mais um dia de luta e resistência ao golpe que estão dando em nossa democracia. Mais um dia de grito de liberdade. É preciso ter consciência que são momentos como este congresso que mudam a história de um país”, exclamou.
Ainda na ocasião e de forma contextualizada Emiliano esclareceu como a conjuntura política atual tem sido pautada pela justiça “PMDbista” e revelou sua preocupação com o rumo da democracia e da soberania nacional. “Nós vamos enfrentar uma eleição numa conjuntura conturbada e onde curiosamente, existe um paradoxo, onde o candidato largamente preferido da população brasileira e o que ascende a esperança do povo: Luiz Inácio Lula da Silva, que cresceu na popularidade depois de preso, transformando na prática a sua célebre frase que jamais será esquecida: ninguém vai prender os nossos sonhos”.
Temoteo Gomes fez um apelo aos trabalhadores presentes. “Não deixemos que tudo que nós conquistamos com o avanço da nossa democracia, dos nossos direitos e acima de tudo da soberania nacional sejam tirados de nós. Vamos às ruas, companheiros. Vamos resistir e ter consciência da lavagem cerebral que os veículos de direita fazem com a gente todos os dias. Tenhamos consciência e vamos à luta. Vamos lutar pela Petrobrás e pelo Brasil”, finalizou.