Redução do efetivo mínimo nas áreas operacionais do Sistema Petrobrás aumenta o risco de acidentes e doenças, cujas maiores vítimas são os trabalhadores terceirizados
A data foi escolhida em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, em 1969, e se espalhou por diversos Países. Dado este e outros fatos marcantes, cuja história pode nos revelar, no ano de 2003, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) consagrou o dia 28 de Abril como dia para reflexão e manifestação dos trabalhadores sobre a segurança e saúde no trabalho.
Segundo dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, desenvolvido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), no Brasil foram registrados cerca de 3.993 milhões de acidentes de trabalho de 2012 até março deste ano, o que equivale a um acidente a cada 48 segundos.
Assunto delicado - O setor de Petróleo não está inserido de forma tão clara nas estatísticas, mas se encaixa em muitas delas (vide quadro abaixo), visto a extensão e complexidade da tarefa exercida pelos (as) trabalhadores (as) no dia a dia. Mas embora não esteja de forma tão visível aos olhos, é perceptível aos envolvidos no assunto, haja vista o grande número de subnotificações que nãochegam ao Sindicato laboral da categoria Petroleira, mas que é de conhecimento de todos.
Nesse sentido, a diretoria do Sindipetro-Ba revela a necessidade de investimentos e ampliação de políticas efetivas que protejam à saúde física e mental do trabalhador. “Vidas não podem ser vistas como dados monetários. É necessário investir com seriedade e responsabilidade em políticas de segurança da saúde, que fiscalize itens como: prevenção, proteção, promoção, assistência e recuperação da saúde, justamente devido ao alto índice de agravos, adoecimentos e acidente relacionados ao trabalho, nos processos e ambientes de trabalho no setor petróleo”.
Na Bahia, do número total de pessoas afastadas do trabalho pelo INSS: 52% (31.082 trabalhadores, em números absolutos) são vítimas de acidentes enquanto outras 47,75% (28.361) foram afastadas por doença. A quantidade de homens afastados (42.497 ou 69,84%) é mais que o dobro de mulheres (18.356 ou 30,16%), número que é justificado por determinadas posições que o gênero ocupa na sociedade e que estão mais expostas ao risco de lesão e óbito.
Importante ressaltar que no Brasil, os acidentes, as doenças e as mortes nos locais de trabalho são resultado do modelo de desenvolvimento econômico perverso e concentrador de riquezas que prevalece no país e não tem sido diferente no setor Petróleo. Infelizmente, muitos companheiros perderam a vida em acidentes de trabalho.
Fonte: Sindipetro - Ba