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Publicado: 11/04/2018 | 3033 visualizações

Sindipetro Bahia cobra responsabilidade social da Petrobrás em audiência pública, na Câmara dos Deputados

“Precisamos discutir qual o papel da Petrobrás enquanto empresa pública”, com esta afirmativa o diretor do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa, abriu sua fala em audiência pública, que aconteceu na manhã desta terça-feira, 10/04, no Plenário Ulysses Guimarães da Câmara dos Deputados, em Brasília.

A audiência tratou sobre os impactos dos desinvestimentos da Petrobrás na indústria nacional e as consequências na economia da Bahia e de Sergipe. Radiovaldo lembrou que historicamente a Petrobrás vem contribuindo para o crescimento do país, tendo uma grande importância para as regiões Norte e Nordeste, que são pobres do ponto de vista de renda para a população.

Radiovaldo alertou que de forma indevida “a atual direção da Petrobrás pensa a empresa na lógica do acionista, mas ela foi construída com recursos públicos e tem papel estratégico a cumprir na Bahia, em Sergipe, no Nordeste e no Brasil”. O sindicalista informou que nos próximos cinco anos a China vai construir 30 fábricas de fertilizantes.  “Fechar as FAFEN´s significa importar fertilizantes da Rússia, da China e de outros países, que estão se fortalecendo estrategicamente nesse setor, por isso essa discussão deve ser mais ampla, pois diz respeito à nossa soberania nacional”, pontuou Radiovaldo.

O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, afirmou que o petróleo, gás e energia, estratégicos para qualquer nação, deveriam ser tratados no Brasil como política de estado e não como política de governo. Ele também denunciou a sanha dos Estados Unidos para “abocanhar o pré-sal brasileiro e os ativos da Petrobrás”, ressaltando que o país da América do Norte  “contou com  uma grande ajuda do senador José Serra, e de Pedro parente,  que ajudaram na mudança do marco  regulatório do petróleo e do gás, através da  quebra da operação única do pré-sal pela Petrobras, da  flexibilização do conteúdo local e  da desoneração fiscal para  as empresas petrolíferas internacionais, dando uma isenção de algo em  torno de um trilhão de reais para essas empresas, fazendo com que o Estado perdesse em  arrecadação. 

Outros prejuízos para o pais foram “a unificação da política de preços dos derivados de petróleo, favorecendo as importadoras e fazendo com que a Petrobrás perca participação no mercado brasileiro para outras distribuidoras, prejudicando o povo que paga mais caro a gasolina, o diesel e gás de cozinha”, finalizou Deyvid.

O deputado federal, Nelson Pelegrino e o  vice-governador da Bahia, João Leão, cobraram na audiência pública  a  participação da FUP no  Grupo de Trabalho que vai discutir a questão do fechamento das FAFEN´s. Em resposta, o Líder do Governo na Câmara, deputado federal, André Moura, declarou na Comissão Geral que a FUP participará do Grupo de Trabalho, junto com a Petrobrás, Governos e Federações das Indústrias da Bahia e Sergipe, para discutir sobre alternativas para o fechamento das FAFEN’s Bahia e Sergipe.

 

Fonte Sindipetro Bahia