No inicio da manhã desta segunda-feira, 09/04, a categoria petroleira participou, mais uma vez, de uma mobilização em frente à Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia (FAFEN-BA), no Polo Petroquímico de Camaçari, de onde saiu, por volta das 8h30, em três ônibus, rumo à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), para participar de uma Audiência Pública sobre o desmonte e privatização do Sistema Petrobrás na Bahia.
O Plenário da ALBA, as galerias superiores e outras duas salas de comissões, foram abertas para comportar o grande número de pessoas que compareceram à Audiência. Além de muitos trabalhadores da FAFEN Bahia, preocupados com o fechamento da fábrica já anunciado pela direção da Petrobrás, estavam presentes moradores, vereadores e prefeitos das cidades que já estão sendo afetadas com o desinvestimento que a Petrobrás vem fazendo na Bahia.
Trabalhadores do município de Pojuca que dependem diretamente do funcionamento da unidade de Miranga, que também está sendo vendida, compareceram em peso e demostraram grande apreensão com a saída da Petrobrás da região.
O recuo temporário da direção da Petrobrás em relação ao fechamento das FAFEN´s Bahia e Sergipe foi festejado e apontado como um ponto positivo, principalmente por ter acontecido após mobilizações e grande pressão da FUP e Sindipetro Bahia, que buscaram o apoio e conseguiram o envolvimento de governadores, prefeitos, parlamentares e outros sindicatos a exemplo do Sinditicc, Siitticcan e Sindiquímica.
A Audiência contou também com a participação de diversos deputados estaduais e federais, prefeitos e vereadores. O diretor do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa, afirmou que se prevalecer a decisão da atual gestão da Petrobrás, de encerrar suas atividades na Bahia, “vai impactar muito o nosso estado, um estado pobre, com muitas dificuldades e desigualdades sociais, que nos últimos 60 anos tem contado com os investimentos da estatal”.
Radiovaldo ressaltou a importância dessa luta, “não estamos aqui defendendo apenas os empregos dos trabalhadores, defendemos essa grande empresa que é a Petrobrás, defendemos a soberania do povo brasileiro”.
Nas falas, o consenso foi que se de fato for concretizado, o fechamento da FAFEN, a venda dos campos maduros e de 25% da RLAM (que já opera com apenas 51% da sua capacidade), terminais e dutos, a Bahia arcará com enormes prejuízos e o Polo Petroquímico de Camaçari (15 empresas dependem dos insumos da FAFEN) também será fortemente afetado.
Essa luta é tão importante para a nossa região que precisa ser suprapartidária, ressaltaram alguns deputados, que também deram o caminho para reverter a privatização do Sistema Petrobrás e garantir os postos de trabalho e a arrecadação para os municípios e estados. Segundo eles esse caminho passa pelas urnas, nas eleições de outubro de 2018.
O presidente da ALBA, deputado Angelo Coronel (PSD) anunciou que está sendo criado, na Assembleia Legislativa da Bahia, um Comitê em Defesa da Petrobrás na Bahia. Fizeram parte da mesa, os deputados estaduais do PT (BA), Rosemberg Pinto, Joseildo Ramos, Bira Côroa e Angelo Coronel (presidente da ALBA), o deputado federal Nelson Pelegrino (PT-BA), a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), os ex-gerentes da Petrobrás, Cal Figueiredo e Antônio Rivas, o representante do Sinditicc, Ubirajara, os diretores do Sindipetro Bahia, George Arleo e Radiovaldo Costa, o diretor do Sindipetro Sergipe/Alagoas, Edvaldo Leandro, o Secretário de Organização do PT- BA, Anisvaldo Daltro, o ex- Secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), da Bahia, Carlos Martins e o economista e diretor técnico do INEEP, Rodrigo Leão .
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Fonte - Sindipetro Bahia