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Publicado: 09/04/2018 | 2103 visualizações

Curitiba: centro da resistência democrática

Em ato nas proximidades da sede da Polícia Federal, construída durante o governo do ex-presidente Lula, lideranças políticas levantam o astral da militância e mandam recado a Lula com som alto do lado de fora

“O presidente Lula está ali e está nos escutando”, disse o senador Lindberg Faria (PT-RJ), a cem metros do prédio da Polícia Federal, em Curitiba, no ato que comandou na manhã desta segunda-feira (9), com a participação de lideranças políticas, como os deputados Paulo Pimenta (PT-RS), Patrus Ananias (PT-MG) e a pré-candidata à presidência da República pelo PC do B, Manuela D´Ávila.

O volume alto da caixa de som, com a exata intenção de fazer chegar os recados aos ouvidos de Lula, animaram a militância que está acampada no local e não pretende arredar pé até que Lula esteja livre.

“Presidente, nós não vamos te deixar só. Vamos lutar até o fim porque o Brasil precisa de você. O povo mais pobre precisa do Lula. Mulheres e homens estão aqui fazendo história e está vindo gente do Brasil inteiro”, destacou o senador Lindberg.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), líder do partido na Câmara, também mandou seu recado à militância que participa do acampamento: “Tenho certeza que vocês, que estão aqui neste momento, representam milhões de brasileiros e de pessoas de todo o mundo que gostariam de estar junto conosco”.

Pimenta reforçou o discurso feito pelo ex-presidente no sábado (7), dia em que anunciou, durante ato ecumênico em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, que cumpriria a decisão judicial. “Estamos aqui para provar que é impossível aprisionar uma ideia. Os ideais de Lula estão presentes conosco, na nossa voz, nosso coração e nossa alma”.

Ele lembrou que em vários países foram realizados atos para denunciar a “perseguição odiosa e a prisão ilegal do ex-presidente”.

“Um inocente preso, detido, porque representa uma ameaça aos poderosos, à Globo, ao capital financeiro, à elite brasileira, que nunca aceitaram, por causa do preconceito, que um pobre chegasse ao poder, que um retirante nordestino se transformasse no maior líder da história desse país e do mundo”, disse o deputado.

O ex-ministro do Desenvolvimento Social no governo Lula e atual deputado federal Patrus Ananias (PT-MG) também esteve presente no ato. Ele denunciou o estado de exceção no Brasil, agravado com a prisão política de Lula.

“Temos de ter a consciência de que vivemos um golpe. Um golpe dado pelos interesses de grandes grupos econômicos e de países poderosos que não querem que o Brasil se afirme como uma nação soberana, socialmente justa e comprometida com a preservação das suas riquezas”.

  • Lute como uma garota

A pré-candidata do PC do B à presidência da República, Manuela D´Ávila, fez críticas ao juiz federal Sérgio Moro: “pequeno, vaidoso, fala com ‘pompa’, mas não quer abrir mão de seu auxílio-moradia; a preocupação [de Sérgio Moro] com o povo é zero”. 

Manuela também chamou à reflexão aqueles que não apoiam Lula: “não há brasileiro, seja de qual lado for, que não saiba, do fundo da sua consciência, que Lula é um preso político”.

Ela encerrou o ato conclamando a sociedade, estudantes, trabalhadores e trabalhadoras, à luta pelo retorno da normalidade democrática no país. “Não podemos nos calar em nenhum um dia sequer enquanto Lula estiver preso”, disse.

 

Fonte - FUP