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Publicado: 23/03/2018 | 2258 visualizações

FAFEN - Segunda Audiência Pública tem casa cheia e é marcada por indignação

Expressões de apreensão, preocupação e indignação. Assim estavam os participantes que marcaram presença na segunda Audiência Pública contra o fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia (FAFEN-BA), ocorrida na última quinta-feira, 23/03 na Câmara Municipal de Dias D’ávila.

Na ocasião estavam presentes vereadores da cidade, deputados estaduais e federais, o vice-prefeito do município, Geraldo Requião, diretores do Sindipetro Bahia, da CUT e sociedade civil. Abrindo os trabalhos na plenária, Anisvaldo Daltro, diretor da CNQ e da Executiva do PT Bahia ressaltou a importância da Petrobrás e da operação da Fafen para o Estado, a economia regional e nacional e para a manutenção da soberania alimentar.  “Neste processo, não podemos apenas levantar bandeiras políticas meus companheiros, pois mais do que uma causa partidária, esta é uma causa a favor da sociedade e do país e nós precisamos estar unidos em busca de um propósito maior”, argumentou.

Entenda o caso - A Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia, unidade da Petrobrás, é a primeira fábrica do Polo Petroquímico de Camaçari. É responsável pela produção de 474 mil toneladas/ano de ureia, 474 mil toneladas/ano de amônia e 60 mil toneladas/ano de gás carbônico, tendo os dois primeiros importância fundamental no desenvolvimento da agricultura e da pecuária no Brasil.

Para George Arleo, diretor do Sindipetro Bahia, o fechamento da Fafen-BA e demais fábricas de fertilizantes do país, que faz parte do plano de ‘desinvestimentos’ da Petrobrás, coloca em risco a soberania alimentar e a produção agrícola, que passará a depender totalmente da importação de fertilizantes.  “Se o comando da estatal, capitaneado por Pedro Parente, insistir na paralisação das atividades da Fafen, 700 postos diretos de trabalho poderão ser fechados. Mais de 450 deles, são colegas terceiros que estão desamparados pela CLT. Além disso, haverá impactos em toda cadeia produtiva do Polo Petroquímico de Camaçari dependente dos insumos da fábrica, o que pode aumentar ainda mais esse número”, ressaltou.

Nos discursos proferidos era possível perceber a preocupação de todos a respeito de angariar o apoio das instituições governamentais para abraçar a causa, uma vez que, como já abordado em matérias anteriores (saiba mais), esta decisão causará  transtornos e afetará a vida de milhares de trabalhadores e a economia de vários municípios e estados.

Fonte: Sindipetro - Bahia