Cerca de 500 aposentados, pensionistas e trabalhadores da ativa participaram na manhã desta terça-feira, 06, de um ato em frente à sede regional da Petros, localizada no edifício Mundo Plaza, na avenida Tancredo Neves, em Salvador.
A categoria atendeu à convocação do Sindipetro Bahia e se mostrou bastante preocupada com a decisão da Petros de realizar o equacionamento pelo valor máximo e efetuar a cobrança a partir do dia 10/03.
Com este esquacionamento, é possível que muitas famílias sejam prejudicadas, uma vez que o valores de contribuição fogem à realidade atual. Para assistidos, por exemplo, haverá o aumento da contribuição em 3,31 vezes a mais do que o praticado hoje. Já no caso dos trabalhadores da ativa, a contribuição vai aumentar 2,63 vezes, explicou o conselheiro deliberativo eleito da Petros, Paulo César Martin, que esclareceu que o Sindipetro Bahia entrou com ação na justiça para suspender a cobrança do equacionamento de todos os participantes (ativos, aposentados (as) e pensionistas) do Plano Petros 1, residentes na Bahia. "Foi anexado ao pleito inicial, as decisões de São Paulo, Rio Grande do Norte e Sergipe, que até aqui, foram favoráveis aos participantes garantindo a suspensão da cobrança nos respectivos estados, previstas para iniciarem em março”.
Desde setembro de 2017, a FUP questiona na justiça, através de Ação Civil Pública, a cobrança abusiva do déficit do PPSP. A FUP também ingressou com ação judicial no Rio de Janeiro, solicitando em nível nacional a suspensão da cobrança das contribuições extraordinárias aos participantes e assistidos do Plano que a Petros anunciou.
O diretor do Sindipetro, Radiovaldo Costa, defendeu a importância da negociação e do grupo de trabalho que está debatendo com a Petrobrás. Para ele “a Petrobrás precisa aceitar as nossas propostas para encontrar uma saída porque nós não podemos pagar essa conta e nem também apostar todas as nossas fichas na justiça”.
Conselheiro faz alerta
Paulo César alertou para que a categoria fique atenta e não tome decisões precipitadas, pois a Petros está abrindo a opção para quem estiver pagando equacionamento optar pela suspensão de empréstimo pelo período de seis meses ou pelo refinanciamento desse empréstimo, com um prazo de 240 meses. "As assessorias jurídicas da FUP e do Sindipetro Bahia estão em análise desta proposta para se certificarem que não há nenhuma “pegadinha”, pois a pessoa pode fazer a opção e, sem saber, dar um aceite com o equacionamento pelo valor máximo, como a Petros está tentando impor”, ponderou.
André Araújo, diretor financeiro do sindicato, afirmou que este processo de mobilização é só o início da luta. "Estamos canalizando todos os nossos esforços para que consigamos abrir um canal de diálogo e discutir acerca do equacionamento, com o intuito de amenizar os prejuízos para nossas famílias. Essa decisão estrangula de forma abusiva nossa saúde financeira e nosso futuro e estamos dizendo não a este modelo de equacionamento”, finaliza.
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