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Publicado: 23/01/2018 | 1987 visualizações

Júri Popular realizado pelos movimentos sociais inocenta Lula

Durante o julgamento simbólico realizado na tarde desta terça-feira (23/01), em frente ao Fórum Rui Barbosa, no Campo da Pólvora, o Júri Popular do Comitê em Defesa da Democracia, de forma clara e objetiva mostrou para a população a fraude que foi a condenação de Lula pelo juiz da Lava Jato, Sérgio Moro.

O Júri foi organizado pelos Juristas pela Democracia, CUT, CTB, UGT, MST, Frente Brasil Popular, MAB e o PT. Para o diretor do Sindipetro Bahia e também advogado, Jairo Batista, “o Júri Popular, após os debates, comprovou a irregularidade da condenação de Lula pelo juiz Sérgio Moro e mostrou à população que o julgamento do juiz de Curitiba foi meramente político e midiático”.

Segundo o diretor André Araújo, “a parceria com os movimentos sociais é importante para se criar uma resistência a esse processo totalmente ilegítimo, controverso e político contra Lula e o povo brasileiro”. Para Araújo, “caso o TRF-4 confirme essa aberração jurídica, demonstrará a verdadeira estratégia do golpe e que a justiça não representa o Estado Democrático de Direito, mas  sim os interesses da oligarquia nacional”. 

 Ele lembrou ainda que se Lula for condenado - o que é uma ameaça à democracia - “será retirado do povo brasileiro o direito de escolher com soberania seu representante para a Presidência da República”. 

Durante os debates do Júri Popular, o presidente da CUT Bahia e diretor do Sindipetro, Cedro Silva, ressaltou que “em pleno  século XXI vivemos no país com recessão e retrocesso político, por isso temos que continuar na luta para derrotar os golpistas e garantir que Lula volte para a Presidência da República, através de eleições livres e o voto soberano do povo brasileiro.” Ele também lembrou que durante o governo de Lula o Brasil era a sexta maior economia do mundo.

O diretor do Sindipetro Bahia  Ivo Saraiva considera essa perseguição a Lula uma injustiça, “que tem como principal foco atingir a população mais carente e impedir a volta de um governo popular e de esquerda no Brasil    “.

 

Já a diretora Jailza Barbosa lembrou que historicamente os sindicatos foram criados para combater as injustiças e garantir os direitos dos trabalhadores. “Nesse pós-golpe, os sindicatos têm que lutar para garantir o direito de Lula, que não cometeu nenhum crime, assegurar a democracia e uma justiça imparcial, que neste momento está sendo ameaçada e destruída”. 

A advogada e uma das organizadoras do ato, Dra. Marilia Veloso,  o  Júri Popular simbólico foi uma iniciativa dos movimentos sociais e centrais sindicais para mostrar à população uma linguagem simples, mas jurídica, para que todos possam entender o absurdo que está ocorrendo no judiciário brasileiro. Para Marília Veloso, “esse processo é uma verdadeira vergonha para o Estado Democrático de Direito”.

Os diretores Aguinaldo Silva, Climério Chaves (Mero), Gilberto Santos, Cristiane Peterson, Luciomar Vita e Lucas e os militantes Carlos Gomes e Gilson Nunes também participaram do ato, que reuniu centenas de pessoas em frente ao Fórum Rui Barbosa até o início da noite.

 

 

OBSERVAÇÃO - Na agenda desta quarta-feira (24/01), a partir das 8h30, tem vigília, com concentração em frente ao Fórum Rui Barbosa, no Campo da Pólvora. No local todos acompanharão o julgamento do ex-presidente Lula pelo TRF-4, saindo depois em passeata em direção ao centro da cidade. O TRF-4 anunciou transmissão ao vivo pelo YouTube.

 

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