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Publicado: 15/01/2018 | 2399 visualizações

Entenda as mudanças nos benefícios alimentação

Em um cenário de golpe de estado, manter os direitos em um dos melhores acordos coletivos entre as diversas categorias no Brasil, é algo grandioso e que merece comemoração, mesmo com as mudanças que  tivemos em duas cláusulas do ACT, que foram as do auxílio almoço e do benefício farmácia.

No caso do auxílio-almoço, um benefício que tem como objetivo a alimentação dos trabalhadores, não houve prejuízo na migração para Vale refeição/alimentação. Pelo contrário, as pessoas que utilizam esse benefício para fazer refeição na rua ou que usam o ticket para as compras no supermercado, tiveram ganho monetário para adquirir seu alimento.

Alguns (as) trabalhadores (as) dos prédios administrativos da Companhia alegam que o auxílio almoço, cujo valor bruto de R$ 1.008,92, apesar de terem os descontos, reduzindo o líquido a receber, estes iam para Petros (11%) e o FGTS (8%), mas se esquecem que o benefício perdia valor porque nele também incidia o desconto do Imposto de Renda (- 27,5%). Já o vale refeição/alimentação, teve o seu valor reajustado em 4,53% (passando de R$1.093,84 para R$1.143,39), adicionados de R$ 175,00 (para garantir a remuneração dos reflexos nas férias e 13º), passando para R$ 1.318,19, um aumento de R$ 310,00 por mês.

Assim, os trabalhadores tiveram no valor do benefício um ganho referente às diferenças com Petros e FGTS, que eram de R$191,69/mês, recebendo um acréscimo de R$341,88 em vale refeição/alimentação no ano.

Além disso, há ganho também para os trabalhadores que recebiam o reflexo do   valor do Auxílio almoço nas Férias e no 13º salário, de R$253,68 anuais.

A FUP e seus sindicatos filiados discutiram muito antes de indicar a aceitação do ACT e foi partindo da conjuntura atual adversa e do principio de que o todo deve prevalecer, de que as entidades sindicais devem defender o interesse da categoria e não priorizar casos pessoais, que a aceitação foi indicada.

O que está acontecendo é que problemas pessoais, de trabalhadores e trabalhadoras que utilizavam o valor do auxílio almoço, que era pago no contracheque, para outros objetivos, que não eram os propostos pelo benefício, acabaram gerando um conflito de interesses. O  fato é que a grande maioria da categoria entendeu as vantagens sobre o ganho destinado à alimentação e aprovou o ACT, mesmo aqueles (as) trabalhadores (as) que fazem parte da base de sindicatos que não são filados à FUP disseram sim para o fechamento do Acordo. 

Sigamos em frente, conclama o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, “está página já está virada e temos muitos desafios pela frente, como lutar contra a privatização do Sistema Petrobrás e eleger, parlamentares e um presidente que realmente represente os interesses do povo e dê fim a esse golpe que está sangrando a nação brasileira”.