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Publicado: 03/01/2018 | 6214 visualizações

Perbras e UO-BA omissas no tratamento ao trabalhador que teve 58% do corpo queimado na SPT-30

O torrista Alisson Sueira, de 23 anos, que sofreu um acidente na terceirizada Perbras no dia 25\09\2017 e teve 58% do corpo queimado, quando trabalhava na sonda SPT-30 e fazia uma intervenção no poço FBE-50, continua à espera da garantia do tratamento assumido na época, tanto pela Perbras, como pela gerência da Petrobrás (UO-BA).  

Ele passou três dias internado em Salvador e no dia 29 de setembro foi transferido, a pedido da Petrobrás, para o Hospital de Base da Aeronáutica no Rio de Janeiro. O empregado da Perbras recebeu alta médica no dia 18 de dezembro e voltou para casa, no município de Catu.

O serviço social do Sindipetro Bahia visitou Alisson Sueira nesta terça-feira (02\01\2018), em Catu. Ainda traumatizado com o acidente, o empregado da Perbras relatou que antes da alta médica recebeu a visita de Daniela Sintra - filha do dono da Perbras - que estava acompanhada da assistente social da terceirizada, de prenome Juliana, que garantiram a continuidade do tratamento total na cidade de Catu. “No entanto”, diz Alisson Sueira, “apesar da garantia do tratamento, até agora faço somente fisioterapia com um profissional que não é especialista em queimados”.       

Segundo Alisson Sueira, “no relatório médico está explícita a necessidade de acompanhamento com Fonoaudiólogo, Fisioterapia especializada em queimados, Cirurgião Plástico, Psicólogo e Nutricionista, mas nada disso foi assumido pela direção da Perbras e a UO-BA até o momento”.  Ele ressalta que todo esse tratamento só pode ser realizado em Salvador.

Ao serviço social do Sindipetro Bahia, Alisson Sueira afirmou que além da omissão no tratamento médico, ele está preocupado no que se refere ao seu salário, informa que tem dois meses que não recebe a cesta básica e ainda não tem garantia de que receberá o benefício previdenciário, neste mês de janeiro.

O empregado acidentado informa que até agora só recebeu a visita do engenheiro da Perbras, conhecido por Isbérico, para avaliar se havia necessidade da empresa pagar os custos de um aparelho de ar condicionado para auxiliar na recuperação, “o que ele considerou desnecessário”.

Diante da gravidade dos fatos relatados pelo torrista acidentado e que está sem receber o tratamento adequado para ter a saúde recuperada, o diretor do Sindipetro Bahia, Jorge Mota, recorreu ao GG de SMS da UO-BA, os diretores Radiovaldo Costa, Gilson Sampaio (Morotó) e Ariosvaldo dos Santos à direção da Perbras e o coordenador geral, Deyvid Bacelar, ao Gerente Executivo de SMS da Petrobrás.