O plataformista da empresa Perbras, Henrique Dantas, 24 anos, foi morto com um tiro na cabeça, em um assalto que aconteceu por volta das 19h, da terça-feira, 12/12, na SPT- 82 (Sonda de Produção Terrestre), localizada na zona rural da cidade de Mata de São João, a cerca de 80 km de Salvador. Este foi o terceiro assalto que aconteceu nos últimos dois meses nesta sonda.
No momento do assalto a sonda estava operando e havia na área cerca de oito trabalhadores, quando dois homens e uma mulher, armados, invadiram o local. De acordo com testemunhas, um deles subiu em um caminhão, com a arma em punho, anunciando o assalto. Mas segundo os trabalhadores devido ao barulho provocado pela operação da sonda nem todos perceberam o que estava acontecendo. Dantas, que já estava no final da sua jornada de trabalho, continuou andando em direção ao carro e foi alvejado na cabeça pelo bandido.
Os assaltantes levaram o carro da COMAP (cooperativa que presta serviços de transporte para a Petrobrás) e pertences dos trabalhadores. O plataformista foi socorrido ao Hospital Municipal de Pojuca, mas chegou sem vida ao local.
Dantas era casado, morador da cidade de Catu e trabalhava há três anos na Perbras. O enterro acontece nesta quarta-feira, 13/12, no Cemitério Municipal de Catu, às 16h 30.
Os diretores do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa, Gilson Sampaio (Morotó), Ariosvaldo Santos, João Marcos e Jorge Mota, estiveram no Hospital de Pojuca, conversaram com os familiares de Dantas, com a direção da Perbras, que está dando assistência à família da vítima, e com a Polícia Técnica.
De acordo com Radiovaldo a direção do sindicato já está buscando, através de diversos parlamentares, uma reunião com o Secretário de Segurança Pública do Estado da Bahia, Mauricio Telles Barbosa, para cobrar celeridade na investigação do assassinato de Henrique Dantas e a prisão dos responsáveis, para que este crime hediondo não fique impune. “Vamos também tratar sobre o aumento da escalada de violência nas áreas de atuação da Petrobrás, que têm sido alvos constantes das ações dos bandidos, pois ficam em locais isolados e a maioria das SPT´s não têm sequer vigilância própria”.
Radiovaldo denuncia que “a bandidagem corre solta nessas áreas. Os assaltantes chegam tranquilamente pelo mato, por onde também fogem levando celulares, computadores e dinheiro dos trabalhadores”. Segundo ele a situação se agravou após a redução do quadro de funcionários da Segurança Patrimonial, feita pela Petrobrás. Houve também redução da segurança terceirizada e das rondas com veículos.
O Sindipetro Bahia já tem uma reunião marcada com a gerência geral da CPT (Construção de Poços Terrestres), na quinta-feira, 14/12, quando cobrará ações imediatas para garantir a segurança dos trabalhadores. A entidade sindical está solicitando também reunião com a gerência geral da UO-BA.