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Publicado: 07/12/2017 | 3232 visualizações

RLAM - Sindipetro trata demandas e questiona irregularidades em reunião com a Gerência Geral

A direção do Sindipetro Bahia participou, na quarta-feira, 06/12, de uma reunião com o Gerente Geral e Gerentes do RH e SMS da RLAM para tratar de diversos assuntos de interesse da categoria e realizar cobranças no intuito de resolver algumas pendências e sanar irregularidades.

Foram muitas as questões colocadas em pauta, explica o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, ressaltando que os trabalhadores podem procurar os diretores do sindicato na refinaria para se informar de demandas específicas que foram tratadas, durante a reunião, que contou também com as presenças dos diretores do Sindipetro  Attila Barbosa, Ivo Saraiva, George Arleo e Edson Nascimento (Cabeça).

Acompanhe abaixo alguns dos assuntos tratados e as respostas dadas pela gestão empresa:


1 -  Utilização inadequada de OPMAN, CTO e gerentes, na composição das turmas de turno:

O Sindipetro afirmou que isto é mais uma prova que o estudo do O&M, além de inválido e fraudulento, não funciona! Afinal, não está sendo levado em consideração nem pela própria empresa, que está usando o OPMAN e até CTO e Gerentes para compor as turmas de turno. 
Na próxima reunião, o GG e RH darão um retorno sobre o assunto, pois em reunião anterior foi dito categoricamente pelo GG que nem os OPMANs seriam utilizados para compor turmas, imagine CTOs e Gerentes. 

Fato ainda mais grave é o que acontece na U-23/24 (que possui o vaso com maior pressão da RLAM), onde as pessoas estão sendo colocadas em risco com apenas um operador na área e outro no Centro Integrado de Controle (CIC), sem dar possibilidade desse trabalhador fazer revezamento com outro no painel de controle, descumprindo o próprio estudo de O&M, forjado pela empresa, que definiu dois operadores na área e um no CIC. 


2 - Problemas na Segurança Industrial:

Redução do efetivo mínimo - A diretoria do Sindipetro foi dura ao criticar a redução do efetivo mínimo de 6 para 5 técnicos de segurança, dando exemplos de riscos graves e iminentes que estão acontecendo, em emergências na RLAM, como por exemplo, o fato da brigada estar sendo acionada via rádio pelo COTUR, gerando um fluxo de comunicação de emergências confuso e com possibilidade de falhas devido ao fato do posto de trabalho do comunicador da segurança industrial ter sido extinto. O GG alegou que não tem autonomia para resolver essa situação e que a FUP deve tratar diretamente com o SMS da Gerência Executiva da Industrial, pois foi feito um estudo sobre efetivo da Segurança Industrial em todas as Refinarias. O Sindipetro frisou a situação alarmante provocada pela redução de efetivo, dando como exemplo o fechamento literal da SI durante a parada,quando ficou sem absolutamente ninguém no prédio, diminuindo o tempo de resposta à emergências, devido a uma decisão irresponsável bancada pelo gerente interino do setor pra "fazer média" com a alta administração da empresa.

 
3 - Descontos dos dias da greve contra a redução do efetivo mínimo:

O Sindipetro informou que recebeu denúncias de trabalhadores, que estavam doentes e com licença médica durante o período da greve e, mesmo assim, tiveram os dias descontados com reflexos nas férias e 13º. Os Gerentes de RH e SMS se comprometeram a avaliar os casos levados para correção e dar o retorno ao sindicato, que também abordou sobre o questionamento da empresa sobre os atestados médicos que os trabalhadores apresentam à Saúde Ocupacional, afirmando que se a Petrobrás levanta dúvidas quanto aos atestados, o questionamento deve ser feito ao médico ou ao CREMEB, através de denúncia.


4 - Paradas de Manutenção da U-39 e U-35:

Monitoramento de Benzeno pela CHO e SO - Os monitoramentos de benzeno tanto da Higiene, quanto da Saúde Ocupacional estavam sendo feitos de forma inadequada. Havia terceirizados que não estavam sendo monitorados e alguns trabalhadores próprios que passaram pela monitoração sem cumprir o protocolo de realização do exame de ácido trans, transmucônico. O gerente de SMS informou que, realmente, houve alguns problemas e que uma das empresas terceirizadas, CELTA, já recebeu da RLAM uma carta de notificação de multa pela falta de monitoramento de 10 trabalhadores, durante a parada.    O Sindipetro reportou grande preocupação com o assunto,  principalmente durante o processo de parada e partida da unidade, quando ocorre o maior nível de exposição do trabalhador a esse agente cancerígeno. O GG se comprometeu em cobrar da Saúde e Higiene Ocupacional o cumprimento do plano de ação para esses monitoramentos serem feitos da forma correta.

Liberações dos Cipistas para auditorias na Parada – O Sindipetro  cobrou, mais uma vez, a participação dos Cipistas em auditorias, durante as paradas de manutenção, como forma de prevenir acidentes e doenças ocupacionais. Essa cobrança foi feita porque o sindicato foi informado que alguns gerentes estavam dificultando a liberação desses trabalhadores. O GG imediatamente manteve contato com o presidente da CIPA para que haja a garantia de que os Cipistas estejam ajudando nesse processo de prevenção. O Sindipetro também externou preocupação em  relação aos indicados para a CIPA, todos gerentes, o que vem intimidando os representantes eleitos.

Pagamento das HE realizadas na parada – O Sindipetro informou que recebeu várias denúncias de trabalhadores que estão sendo obrigados a fazer banco de horas e lembrou que esta modalidade não está prevista no ACT da categoria. Em resposta, o GG afirmou que vai orientar os gerentes a pagarem as horas extras realizadas, mesmo ultrapassando o limite mensal estabelecido pela gestão da RLAM.


5 - Liberação dos GTBistas para as reuniões e atividades do GTB e CEBz:

O sindicato cobrou essa participação dos GTBistas, conforme previsto no Acordo Nacional do Benzeno, e ficou acertada a participação dos GTBistas nas reuniões e atividades do GTB e CEBz.


6 - Classificação da U-35 no PPEOB:

Segundo o gerente de SMS todos os documentos necessários para a classificação já estão prontos, faltando apenas a assinatura do GG, que se comprometeu a assinar imediatamente, validando a classificação da U 35.


7 - Risco de acidente na CAFOR em  manobras de painel elétrico:

O Sindipetro denunciou que os operadores da CAFOR estavam realizando manobras sem acompanhamento de um outro operador, descumprindo a NR-10. O gerente de SMS se comprometeu a cobrar posicionamento da gerência sobre o assunto. O Sindipetro salienta que todo e qualquer empregado deve exercer o seu direito de recusa em caso de risco grave e iminente, para evitar acidentes ou até mortes, conforme previsto na NR-13 e ACT.


Uma próxima reunião entre o Sindipetro Bahia e Gestão da RLAM será marcada a fim de tratar outras demandas que ficaram pendentes. Enquanto isso, o RH e SMS darão retorno ao sindicato dos pontos tratados nessa reunião.