A comitiva de deputados federais cancelou a visita que faria à Replan na sexta-feira, 24, após a gerência proibir o acompanhamento de diretores do Sindicato Unificado de Sâo Paulo e do diretor do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa.
À tarde, o deputado Vicentinho (PT-SP) se reuniu com os dirigentes sindicais na Regional Campinas e solicitou informações detalhadas sobre a parada de emergência ocorrida dia 1 de novembro, motivo da visita que os parlamentares fariam à refinaria.
A visita à Replan foi marcada com o objetivo de averiguar os motivos que provocaram a situação de emergência e as medidas tomadas. Os parlamentares também querem informações sobre a redução de efetivos.
O impedimento para que os diretores dos sindicatos acompanhassem a visita é mais uma consequência da postura reacionária do grupo que assumiu o controle da empresa com o objetivo de privatizá-la.
Para Radiovaldo, ao não permitir a entrada dos dirigentes sindicais na refinaria, a direção da Petrobrás assumiu abertamente a sua política antissindical, além de deixar claro que tem muito a esconder em relação à segurança e a redução do efetivo.
De acordo com o dirigente sindical, “a situação da Replan é muito parecida com a da Rlam, “por isso o Sindipetro esteve presente em Paulínia para acompanhar o processo e ampliar essa discussão sobre as condições de segurança dos trabalhadores, da comunidade vizinha e das instalações da empresa”. Infelizmente, ressalta Radiovaldo, “não foi dessa vez, mas vamos continuar cobrando essa visita e denunciaremos toda e qualquer irregularidade que coloque em risco a vida daqueles que, no dia a dia, no chão da fábrica, constroem a Petrobrás”.
Na reunião com o deputado Vicentinho foi encaminhado o seguinte:
- Realizar uma audiência pública na Comissão de Trabalho da Câmara Federal com a participação de representantes da Petrobrás, FUP e Sindipetros, com foco na redução do efetivo e suas consequências para a segurança dos trabalhadores.
- Articular com os parlamentares da Bahia uma visita oficial à Rlam, com a presença de diretores do Sindipetro Bahia, para checar as condições de segurança da refinaria.
(Com informações do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo e Sindipetro Bahia)