A forte reação dos petroleiros às ameaças de retirada de direitos esvaziou a chantagem dos gestores da Petrobrás de usarem a contrarreforma trabalhista na tentativa de pressionar a categoria. A empresa recuou e prorrogou o Acordo Coletivo até 30 de novembro. Na reunião desta sexta-feira, 03, com o RH, a FUP tornou a ressaltar que as mudanças que a gestão Pedro Parente quer fazer têm motivações meramente políticas, pois a maioria das corporações está repactuando as convenções trabalhistas na íntegra em função da insegurança jurídica que o país vive. É o caso da Vale, cuja data base dos trabalhadores é em dezembro, mas a empresa já propôs a renovação do acordo.
Mais do que nunca, é fundamental que os petroleiros mantenham-se mobilizados, participando ativamente das setoriais e atos convocados pela FUP e seus sindicatos. Na próxima sexta-feira, 10, é Dia Nacional de Luta contra o desmonte dos direitos que o golpe vem impondo à classe trabalhadora. Golpe que teve o apoio de agrupamentos políticos da nossa categoria que ainda hoje tentam dividir e confundir os petroleiros com discursos oportunistas. São os mesmos que até bem pouco tempo atrás chamavam a FUP de traidora por ter pactuado Acordos Coletivos “rebaixados”, que agora eles se dizem defensores.
Se hoje temos um Acordo Coletivo que é referência para várias categorias, é devido à força da nossa organização sindical, que, mesmo sob ataque destes setores sectários, soube assertivamente conduzir as lutas e negociações que garantiram os direitos e conquistas que a gestão Pedro Parente quer destruir.
Por isso, é fundamental que os petroleiros e petroleiras de todas as bases se somem às paralisações e atos regionais chamados pela FUP e seus sindicatos. Além da luta para barrar a contrarreforma, vamos denunciar a política de insegurança que tem multiplicado o número de acidentes nas áreas operacionais, transformando as unidades em bombas relógio. A Replan e a Reduc estão na iminência de uma grande tragédia anunciada, como estamos constantemente alertando.
É bom lembrar que várias conquistas do Acordo Coletivo referentes à SMS estão na mira do desmonte que a gestão Pedro Parente quer impor aos trabalhadores. O RH insiste em manter a maior parte dos pontos da proposta que já foi rejeitada pela categoria. O objetivo da empresa é finalizar até o dia 10 uma nova formulação. Esta semana, portanto, será determinante para a preservação do nosso ACT.
A resposta dos petroleiros não pode ser outra se não a mobilização. O Acordo Coletivo, como a FUP vem afirmando, terá o tamanho da nossa resistência. Nossas conquistas foram arrancadas na luta, fruto da nossa organização sindical, e é na luta que preservaremos cada um dos direitos que garantimos ao longo destes últimos anos. Nossas conquistas vêm do nosso movimento.
FUP