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Publicado: 07/10/2017 | 1711 visualizações

PP-1- Para categoria, Petrobrás tem que pagar sua dívida com a Petros


Com a presença de trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas, aconteceu na manhã do sábado, 07/10, no Clube 2004, mais uma de uma série de palestras que estão sendo realizadas pelo conselheiro deliberativo eleito da Petros, Paulo César Martin (PC), com o objetivo de informar e tirar dúvidas a respeito do equacionamento do Plano Petros 1 (PP-1). O Seminário de Qualificação de Greve, que aconteceria após a palestra foi adiado e será realizado no dia 16/10, ás 18h, na sede do Sindipetro.


Durante a palestra, PC esclareceu sobre o funcionamento do PP-1, mostrando através de números e gráficos, os problemas estruturais do plano, que “são de responsabilidade exclusiva dos gestores”, que levaram ao déficit de R$ 27,7 bilhões. O conselheiro afirmou que a Petros poderia ter optado por fazer o equacionamento pelo valor mínimo, mas “preferiu penalizar os assistidos e participantes, desequilibrando e inviabilizando a vida de muitos”.


Ele questionou o fato de a Petros aprovar o equacionamento pelo valor máximo sem ao menos esperar o resultado do recadastramento que “pode alterar significativamente o valor de componentes do déficit, como por exemplo, o da família real”. Ele também falou sobre a importância da repactuação e do Acordo de Obrigações Recíprocas (AOR), que deu sobrevida ao PP-1, fazendo com que a Petrobrás e demais patrocinadoras reconhecessem dívidas históricas que tinham com o plano.


O conselheiro lembrou ainda a luta e as denúncias da Federação que há mais de 15 anos alerta para o fato de que o déficit do PP-1 não estava sendo registrado contabilmente. O que fez com que a FUP ingressasse na justiça com uma Ação Civil Pública, em 2001, cobrando da Petrobrás e demais patrocinadoras o pagamento das dívidas com o PP-1. No mês de setembro deste ano, a Federação também ingressou com uma interpelação judicial contra a direção da Petros e uma ação contra o equacionamento abusivo do plano.


PC respondeu a muitas perguntas, esclareceu dúvidas e ressaltou a importância da continuidade do debate em busca de uma solução para o assunto. Entre os presentes foi consenso que  a direção da Petrobrás tem que pagar sua dívida com a Petros. O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, afirmou que o equacionamento pelo máximo não resolve os problemas do plano e que o caminho para uma solução é conjunto “nesse caso não há bóia de salvação individual”. Ele lembrou também que as palestras vão continuar até que todos e todas se sintam esclarecidos sobre o assunto e entrem nessa luta, juntamente com a FUP e sindicatos filiados.