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Publicado: 22/09/2017 | 1871 visualizações

Categoria petroleira detona, na intranet, proposta da Petrobrás para o ACT

A direção do Sistema Petrobrás foi protagonista de mais um gol contra os trabalhadores. Na tentativa de sair na frente e cooptar os empregados, publicou em sua intranet a proposta do Acordo Coletivo de Trabalho.

Até essa quinta-feira, 21/09, foram feitas na intranet da empresa, 2.777 avaliações desta proposta, sendo que 2.652 foram marcadas com apenas 01 estrela, 16 trabalhadores deram 02 estrelas à proposta, 11 marcaram 03 estrelas, 06 deram 04 estrelas e 92 deram 05 estrelas à proposta. Isto quer dizer que 96% das pessoas que se manifestaram desaprovam a proposta da empresa.

Muitos reivindicaram a criação da opção “0 (zero) estrela” para as avaliações. A proposta foi taxada de “lamentável” e “vergonhosa”. Outros se admiraram que a Petrobrás ainda “não tenha revogado a Lei Áurea”.

O índice de insatisfação com a proposta? Altíssimo. A pergunta a ser feita é se essa insatisfação será transformada em ação, através de mobilizações, paralisações e até greve, que tudo indica será inevitável.

Nos comentários a respeito da proposta alguns trabalhadores criticaram a reduzida participação da categoria nas assembleias realizadas pelo Sindipetro e a falta de valorização do coletivo. Citaram ainda aqueles que traem a categoria ao aprovar a greve nas assembleias e depois irem trabalhar para se promoverem e ganhar horas extras.

Para o diretor de imprensa do Sindipetro Bahia, Ivo Saraiva, “a indignação dos petroleiros e petroleiras deve ser transformada em luta, senão tudo estará perdido. As pessoas precisam acordar, pois caso contrário, irão perder direitos conquistados com muita luta”.

O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, chama a atenção para o que está por detrás desta proposta de ACT. “Não satisfeitos com o desmonte da empresa e já caminhando para a sua privatização, a direção do Sistema Petrobrás quer marcar a categoria petroleira como a primeira a ser enquadrada nas regras da contrarreforma trabalhista. Se não houver reação é o que vai acontecer. O Sindicato não terá força suficiente se estiver sozinho. Conscientização e união serão as palavras chaves dessa campanha reivindicatória. A outra opção é perda total de direitos. Vocês escolhem”!