Nas assembleias que estão sendo realizadas em todas as unidades do Sistema Petrobrás na Bahia, os petroleiros confirmam os indicativos da FUP e aprovam o Termo Aditivo à Pauta de Reivindicações, com salvaguardas para combater os efeitos da contrarreforma trabalhista e da terceirização. Além disso, a categoria aprova também o estado de assembleia permanente. O calendário das assembleias começou na terça (05\09) e prossegue até a próxima terça (12\09).
Só faltam serem realizadas as assembleias nas unidades de Bálsamo, PBIO, Taquipe e Temadre. O resultado parcial contabiliza 363 votos a favor, zero contra e uma abstenção. Está havendo uma boa participação da categoria nas assembleias, que se transformaram em um campo fértil para o debate, tendo como ponto comum a indignação dos trabalhadores e trabalhadoras com os ataques incessantes do governo golpista de Temer (PMDB), e seus principais aliados do PSDB e DEM.
Na área dos campos terrestres, cuja as vendas dos polos de Miranga (com nove concessões) e Bálsamo (com sete concessões), já foram anunciadas pela direção da Petrobrás, a discussão girou em torno da privatização da Petrobrás e das mobilizações e providências jurídicas que já estão sendo tomadas para evitar que esses polos, que, entre outras coisas, geram emprego e renda para diversos municípios da Bahia, sejam entregues à iniciativa privada.
Para o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, “infelizmente com a mudança de governo e com o golpe de estado que sofremos estamos assistindo a uma série de desmanches, como a venda de direitos da classe trabalhadora, a entrega das nossas riquezas naturais e desse patrimônio do povo brasileiro, que é a Petrobrás”. Deyvid afirma que “os desenvestimentos, na verdade, fazem parte do processo de privatização da Petrobrás”. Ele também chama a atenção para a necessidade de mobilização e união nesse momento, “como em 1995, ano em que a categoria se uniu e impediu que a Petrobrás se transformasse em Petrobax, nesse ano de 2017, mais uma vez, vamos precisar da adesão maciça da categoria para dar início a um movimento paredista, que diante do que está acontecendo no Brasil, será inevitável”.
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