Na segunda-feira, 28/08, o Coletivo de Gênero, Raça e Juventude, se reuniu com o objetivo de traçar estratégias para uma melhor atuação no mundo do trabalho com foco no empoderamento e organização das mulheres, dos negros e negras e da juventude.

A reunião contou com a presença do professor, militante do movimento negro, Edson Cardoso, que proporcionou um debate esclarecedor sobre pluralismo, direitos humanos e constitucionalidade. Para a diretora do Sindipetro Bahia Christiane Petersen a exposição feita pelo professor proporcionou a todos e todas que participaram da reunião “um momento de empoderamento para construirmos ações junto à categoria na garantia de igualdade, na diversidade que temos em nosso país e frente à nova conjuntura política”.

Professor de Comunicação Social na Universidade de Brasília (UnB)*, militante do movimento negro e editor do jornal Ìrohìn, Edson, falou sobre a importância das cotas que “desmascara a ideologia da democracia racial”. Para ele “as cotas são medidas especiais que atuam sobre os efeitos das desigualdades, mas elas não atuam sobre as causas estruturais das desigualdades”. 
Ele disse ainda que “todo estigma é desumanizador, mas isso não significa que todos os tipos de estigmas são iguais” Para o professor não há como comparar, por exemplo, o estigma vivido pelo transexual com o estigma vivido pelos negros ou pelas mulheres. “Estamos falando de escravidão e da exploração milenar do ser humano, os dois últimos são estigmas presentes há séculos na sociedade brasileira, são, socialmente estruturadores da desigualdade”, afirmou.  Também participaram da reunião os diretores Jailton Andrade, Jailza Barbosa, Attila Barbosa, João Marcos e Marilda Brandão.