Aposentados, pensionistas e diretores de Sindipetros de todo o Brasil, participaram durante toda a manhã desta quinta-feira, 17/08, de manifestações em frente às sedes da Petros. Em Salvador, a mobilização começou às 7h, em frente ao Posto Avançado da Petros, no edifício Mundo Plaza, na região do Iguatemi.
O ato é contra o plano de equacionamento do déficit do PPS1, proposto pela Petros, que pode levar a um reajuste de até 320% nas contribuições dos participantes e assistidos, atingindo cerca de 40 mil trabalhadores da ativa e em torno de 50 mil aposentados e pensionistas.
Também nesta manhã aconteceu no Rio de Janeiro, a reunião do Conselho Deliberativo da Petros, cujo plano de equacionamento está na pauta. Os atos que estão sendo realizados em todo o Brasil é uma forma de pressionar os conselheiros para que votem a favor da categoria e não a favor daqueles que, de forma equivocada, criaram problemas dentro do Fundo de Pensão e querem fazer agora com que a categoria pague.
O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar informou que já está tramitando na justiça comum uma ação judicial, e “esperamos que a Petrobrás assuma a sua dívida de 11 bilhões com esse fundo de pensão”.
A diretoria do Sindipetro entende que “o equacionamento é necessário, mas não nesse montante que causará grande impacto na vida dos trabalhadores”.
Ato no Rio de Janeiro adia decisão do Conselho sobre o equacionamento
No Rio de Janeiro, aposentados, pensionistas e participantes do Plano Petros-1 ocuparam na manhã de hoje a sede da Petros.
Uma representação da FUP e dos sindicatos esteve reunida com o Conselho Deliberativo e a diretoria da Petros para afirmar que os petroleiros não aceitam pagar a conta de um déficit que é, acima de tudo, fruto de problemas estruturais criados pela Petrobras e demais patrocinadoras.
A FUP exigiu a abertura de um processo de negociação para buscar um equacionamento justo do Plano Petros-1, que preserve os direitos dos participantes e assistidos.
O ato sensibilizou o Conselho Deliberativo da entidade sobre o impacto que o equacionamento do déficit do Plano Petros-1 terá para os mais de 70 mil participantes e assistidos. Após ouvir a representação das entidades sindicais, o presidente do Conselho Deliberativo da Petros anunciou que a decisão sobre o equacionamento do déficit não será tomada hoje. Uma vitória da mobilização e do diálogo.
A FUP reafirma a necessidade de um canal de negociação, pois entende a necessidade de aportar novos recursos para o plano, mas não aceita a conta imposta pela direção da Petros, já que o déficit é sobretudo fruto de problemas estruturais criados pelas patrocinadoras.
( Fonte: FUP e Sindipetro NF)