Liderança expressiva no enfrentamento dos golpes no país – de 64 a 2017- o dirigente nacional destacou o papel e a importância das Frentes criadas para combater os golpes
Escrito por: ASCOM CUT-BA - Thais Tosta
Uma verdadeira aula de construção da unidade, conjuntura econômica e politica, criação e mecanismos de funcionamento da Frente Popular Brasil desde 2015 até os dias atuais; além das conseqüências do golpe e o enfrentamento das reformas do presidente em exercício, Michel Temer.
Esse “aulão”, destinado aos sindicatos filiados da CUT Bahia foi ministrado na manhã de hoje (11/08), no auditório do Sindipetro Bahia, pelo combativo dirigente da Executiva da CUT nacional Julio Turra.
O professor iniciou sua militância no movimento secundarista nos anos 1967/68 e traz no currículo sua passagem pela organização clandestina na luta contra a ditadura militar, além de ser um dos fundadores do Sinpro-ABC (Sindicato dos Professores do ABC) e da CUT (Central Única dos Trabalhadores), ambos em 1983.
Logo na abertura do debate mediado pelo presidente cutista baiano, Cedro Silva, a proposta da passagem de Turras pela Bahia foi esclarecida: “Vivenciamos a criação do golpe no nosso país e, imediatamente, foi criada uma Frente. Mas... você sabe quem participa? quem é a Frente Popular? qual o objetivo da frente? como envolver as pessoas nos movimentos e centralizar a Frente Popular no estado? Julio Turra, o nosso professor, vai nos tirar todas essas dúvidas, além da abertura do diálogo sobre os enfrentamentos necessários contra as reformas em curso e o atual cenário da política no país”, anunciou Cedro Silva, presidente da CUT Bahia.
Após breve apresentação da mesa e saudações ao plenário, o dirigente nacional fez um retrospecto da criação da Frente Popular Brasil, o papel da Frente, o papel da CUT e a necessidade da unidade da ação diante do cenário político atual. “A Frente foi constituída no dia 05 de setembro de 2015, quando já havia o movimento golpista no país. Ela foi pensada inicialmente em torno de 2 eixos centrais: contra o impeachment da presidente Dilma e a exigência de mudanças na política econômica. Estes foram os dois eixos principais”, rememorou Turras, destacando momentos das lutas travadas nas ruas e dos grandes movimentos contra o golpismo desde a saída da presidente eleita legitimamente, Dilma Roussef.
Para ajudar a esclarecer toda essa conjuntura , - que passou pela instalação do golpe, criação da Frente e o enfrentamento das reformas-, Julio reforçou: “Saber o que fazer diante da Reforma Trabalhista é o nosso primeiro grande desafio! Precisamos defender a revogação da reforma trabalhista, combatendo a Lei 13.467 em todo o local de trabalho com informação e muita mobilização. Quem terá a capacidade de anular as medidas que os golpistas adotaram?”, questionou.
A necessidade da unidade foi um dos assuntos mais abordados durante a palestra, ponto de consenso entre os participantes. “Estamos vivenciando o golpe e a nossa tarefa é saber como continuar unidos para construir as reações necessárias. Ajudar a esclarecer toda essa conjuntura e um melhor comprometimento de todos os sindicatos filiados à CUT com as ações da Frente Popular no nosso estado é uma das tarefas deste debate. Os tempos daqui para frente serão mais sombrios e é preciso estarmos mais organizados para fazer esse enfrentamento”, declarou Cedro Silva.
Após a análise de conjuntura, Julio acompanhou atentamente o levantamento das experiências do movimento sindical da Bahia com as Frentes e o funcionamento dessas relações. “Esse debate foi enriquecedor .O mecanismo de funcionamento da Frente deve ser o consenso. A busca do consenso é fundamental para ter unidade na ação. É necessário se agarrar nas nossas organizações, botar a base nas ruas e ir lutar”, encorajou.
Ao final das palestra e encaminhamento das propostas aprovadas em plenária o palestrante despediu-se dando um importante recado: “O segundo semestre exigirá muito de nós; principalmente no que diz respeito ao enfrentamento da Reforma da Previdência. Precisamos estar prontos”, sinalizou.
Acompanhando de dirigentes cutistas baianos, Julio Turras se dirigiu a Camaçari, para participar do lançamento da Frente Popular do município.
Fonte: CUT Bahia