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Publicado: 11/08/2017 | 2319 visualizações

Sindipetro paralisa Petrorecôncavo e empresa marca reunião para discutir demissões

Após protesto contra demissão de 26 funcionários da Petrorecôncavo, entre eles, o técnico de segurança e diretor sindical Luiz Matos Júnior, a direção do Sindipetro Bahia e trabalhadores realizaram na manhã desta sexta (11/08), na portaria da empresa, uma paralisação que só terminou após garantia de reunião com a gerência administrativa da terceirizada Petrorecôncavo, marcada para segunda (14). 

O coordenador do Sindipetro, Deyvid Bacelar, ressaltou sua preocupação com essa ação da atual administração da  empresa. Segundo ele, “mesmo sabendo que este mês é estratégico para a categoria, já que vamos discutir a Pauta Reivindicatória, a alta administração da Petrorecôncavo demite todos esses trabalhadores e um diretor sindical, dando a entender que a negociação será muito complicada". Deyvid também pediu aos funcionários unidade para esse momento tão difícil que os trabalhadores estão sofrendo, com as reformas e a lei de terceirização.

Esse ato da empresa é uma afronta aos trabalhadores e ao Artigo 543 da CLT. "É uma ação anti-sindical e representa um enfrentamento ao sindicato, já que o diretor sindical tem  a estabilidade no emprego", afirmou o diretor do Sindipetro Bahia, André Araújo.

Para o diretor da FUP, Ubiraney Porto, "a direção do Sindipetro não vai permitir que essas ações ilegais e arbitrárias sejam realizadas sem que a entidade brigue com todas as forças para garantir nossos direitos, vamos sempre está na luta com os trabalhadores".

O diretor Radiovaldo Costa adverte que as empresas sempre que alegam momentos de dificuldades e prejuízos, os trabalhadores são os prejudicados. "Os empregadores nunca arcam com os prejuízos das empresas, sempre colocam no colo dos empregados, que pagam com a precarização e muitas vezes com seus empregos", alerta.

Durante o ato, o dirigente sindical demitido Luiz Matos Júnior também convocou os trabalhadores para ficarem juntos com o sindicato. Segundo o diretor do Sindipetro Bahia, "somos nós que buscamos as melhorias e não o empregador, que só pensa em aumentar seus lucros”. Ele reafirmou que não vai se calar e não tem medo de perseguição.

A Petrorecôncavo é composta por um grupo de quatro empresas: o Grupo Petro Santander, Banco Oportunity, Perbrás e a Petrobrás com os campos de produção. Atualmente ela produz mais de 4.500 barris de petróleo\mês e mais de 70 mil m³ de gás\mês. 

Também participaram do ato os diretores Gilson Sampaio (Morotó), Jairo Batista, Valter Paixão, Ivo Saraiva, Atila Barbosa, Ariosvaldo Lima, Eliú Evangelista, Jailton Andrade, Adson Silva, Miguel Ferraro, Lucas Costa, Jackson Lima, Cristiane Peterson, Sinvaldo Santos (Pelé), Élcio Santana, João Marcos, Elizabeth Sacramento e os militantes Carlos Gomes (Chulé) e Gilsão.