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Publicado: 10/08/2017 | 2362 visualizações

ENTREVISTA – Fabiana Anjos, candidata ao CA da Transpetro (3233)

Fabiana Anjos foi para o segundo turno das eleições, que acontece de 10 a 20 de agosto, e tem como plataforma defender a Transpetro de um possível processo de privatização, o que “levaria a perda de direitos e empregos por parte dos trabalhadores e o enfraquecimento do Sistema Petrobrás", explica a candidata, que concorre ao CA com o número 3233.

 

Sindipetro Bahia - Porque você decidiu se candidatar ao CA da Transpetro?

Fabiana Anjos - Em 2003, eu fiz parte de um curso nacional de formação da Transpetro,  quando abordamos a necessidade de sermos representados por um de nós. No ano de 2015, sentimos muita falta desse representante, de ter alguém entrando em comunicação com a gente nesse período quando estava sendo realizada uma greve, para nos dar um rumo, porque neste movimento paredista tínhamos como objetivo lutar pela reincorporação da Transpetro, a partir da mudança do Art. 65 da lei do petróleo. Então, foi a partir dessa necessidade de comunicação entre os próprios colegas e as bases, que definimos que seria importante ter um de nós no CA.

 

Sindipetro - Quais são seus objetivos a partir da candidatura no CA?

Fabiana - O objetivo principal é a defesa da Transpetro como empresa 100% integrada ao Sistema Petrobrás. Estamos passando por uma situação de ameaça, desde 2015 estamos sinalizando que a Transpetro poderia ser vendida, e hoje, o plano de negócio da empresa é realmente de desenvestimento. A Transpetro está dentro desse plano em relação à redução de custo com a logística – nós somos a logística da Petrobrás – então, a partir daí, surgiu um alerta com a categoria, de que poderíamos estar perdendo nossos empregos. Com isso, meu objetivo principal é esse, dizer não ao processo de venda, de desenvestimento da Transpetro, dentro do Conselho de Administração da Petrobrás.


Sindipetro - Quais são suas estratégias, como você pretende atuar para alcançar seus objetivos?

Fabiana - Minha estratégia é a união, estar em contato com as bases e as lideranças sindicais. Porque não vamos conseguir nada sozinhos. Eu não vou estar lá sozinha, é preciso ter assessorias política, de comunicação e  jurídica. É por isso que estou contando muito com o apoio do Sindipetro Bahia, a questão também de estar próxima do ex-conselheiro da Petrobrás, Deyvid Bacelar é muito importante, devido à sua experiência no assunto.  Então, a estratégia é essa, estar junto às lideranças sindicais, ir a congressos da categoria, conseguir apoio dessas forças para barrar o processo de venda da Transpetro.

 

Sindipetro - O que os trabalhadores podem esperar de você?

Fabiana - Compromisso, honestidade, ética, principalmente com a comunicação dentro do conselho. Ir às bases, se possível ir a cada local do Brasil que eu tive apoio e  voto.  E fazer contato com os trabalhadores e as lideranças sindicais.

 

Sindipetro - Qual a importância de eleger um candidato que realmente defende o trabalhador na conjuntura atual?

Fabiana - Eu acredito que eu sou uma trabalhadora de luta, e que consegui muitos votos por causa disso. Hoje, nós termos um trabalhador de chão de fábrica dentro do conselho de administração, quer dizer que realmente vamos representar a maioria dos trabalhadores. Esse conhecimento é que eu pretendo levar para o Conselho.

 

Sindipetro - Quais são suas considerações finais?

Fabiana - Primeiramente agradecer a todos que votaram em mim, os trabalhadores das unidades da Transpetro do Brasil que me apoiaram, e dizer que não deixem de votar. Temos um número de abstenção muito grande no processo de eleição do CA. Precisamos acreditar que temos força e podemos lutar contra a privatização da Transpetro, então, neste segundo turno, eu peço que as pessoas tenham esperança, que votem e acreditem que eu posso ser a legitima representante dos trabalhadores no CA da Transpetro.