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Publicado: 03/08/2017 | 2987 visualizações

Audiência Pública sobre a Petrobrás lota auditório na ALBA - confira matéria da TVT

Auditório lotado, com predominância da cor laranja. Assim foi a Audiência Pública sobre o Sistema Petrobrás na Bahia - desafios e perspectivas, que aconteceu na tarde desta quarta-feira, 02/08, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), com transmissão ao vivo pelo facebook  do Sindipetro Bahia. 

Laranja era a cor das camisas vestidas pelos petroleiros, centenas deles, vindos de todas as unidades do Sistema Petrobrás do Brasil. Em pauta, a defesa da estatal que está sendo fatiada e privatizada pelo governo golpista de Temer (PMDB) e seus aliados do PSDB, DEM e outros partidos de direita.

Organizada pelo Sindipetro Bahia e pelo deputado estadual Rosemberg Pinto (PT-BA), a Audiência promoveu um rico debate sobre o que vem acontecendo na Bahia com a venda de diversos ativos da empresa a exemplo de 50% das Termelétricas Rômulo Almeida e Celso Furtado, e o anúncio da venda dos campos terrestres, Terminal de Madre de Deus e a RLAM.

A mesa, bastante representativa, foi composta por representantes de diversos segmentos da área de petróleo, construção naval, engenharia, rurais, educação, além de parlamentares, economista, sindicalistas, centrais sindicais, governo do estado e de municípios baianos.

 

Uma platéia, com mais de 300 pessoas ouviu atentamente o relato dos debatedores sobre as graves conseqüências que já começam a ser sentidas na Bahia com a redução dos investimentos da Petrobras  e a venda de suas unidades no estado.

O prefeito do município de Catu, Geranilson Dantas, afirmou que os 12 municípios situados no entorno das unidades da Petrobrás, cujas economias dependem das atividades da empresa, já foram afetados. “Catu foi quem mais sofreu com o fechamento de várias empresas. Tivemos a redução de 697 postos de trabalho desde 2016 e quase 2 mil empregos a menos nos 12 municípios”.

O economista e ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, mostrou que a política de conteúdo nacional foi totalmente abolida e a engenharia e indústria  estão sendo destruídas. Ele também falou sobre o setor do refino, “que está sendo aberto e reorganizado para que outras empresas possam atuar. Além de mudanças profundas que estão sendo efetuadas no gás e energia”.

Para o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, “os golpistas querem dar inicio à destruição do Sistema Petrobrás, onde ele começou, ou seja, na Bahia. Eles também não suportam o fato de o nosso estado ter um governo de esquerda que vem realizando uma gestão eficiente, e tentam fragilizar a economia da Bahia para afetar a gestão petista”.

O Secretário de Desenvolvimento Econômico do governo do estado da Bahia, Jaques Vagner, reafirmou o engajamento do governador Rui Costa, a quem ele estava representando, à luta em defesa da Petrobrás. Vagner lembrou a época do governo de FHC, quando petroleiros e bancários conseguiram barrar a privatização da Petrobrás, Banco do Brasil e Caixa Econômica. O secretário disse ter orgulho da categoria petroleira e a convicção de que “não temos outro caminho para botar esse país em ordem que não seja a rua e resistência”.

Para o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, será muito difícil reverter o estrago que os golpistas estão fazendo ao desmontar o Sistema Petrobrás. Rangel também falou da urgência de ocupar as ruas, de reagir. Será que esse povo que deu o golpe faria isso para depois de dois anos a esquerda voltar ao poder? Precisamos saber que 2018 pode não chegar. E ai? Vamos ficar parados esperando? Provocou o coordenador da FUP.

Para o presidente da CUT Bahia, Cedro Silva, os trabalhadores e trabalhadoras não vão se intimidar “com o péssimo momento pelo qual passamos no Brasil. Temos que resistir sim e construir uma greve geral para enfrentar esses golpistas e que pode partir da categoria petroleira”. 

O deputado Rosemberg Pinto encerrou a Audiência afirmando que a principal tarefa a ser cumprida é envolver os diversos segmentos da sociedade na luta, não só em defesa da Petrobrás, mas do restabelecimento da democracia no Brasil.

Também participaram da mesa de debates, o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico do governo do estado da Bahia, Jonas Paulo, a Coordenadora de Formação e Educação Profissional, da CONTRAF/CUT, Elisângela Araújo, o presidente do CREA Bahia, Marco Amigo, o Secretário de Organização e Finanças e Coordenador do Setor Naval da CNMM, Edson Rocha, a representante da Marcha das Mulheres e Consulta Popular, Júlia Garcia e a professora da Faculdade de Educação daUFBA, Marise Carvalho.

 

[TVT NA BAHIA] 03.08.17

Desmonte da Petrobras afeta emprego na Bahia: 2 mil postos foram extintos

Na Bahia, audiência pública na Assembleia Legislativa discutiu a venda de ativos da Petrobras no estado. Sindicatos, movimentos sociais e representantes do poder público participaram. O desmonte da estatal vem afetando o emprego: desde 2016, 2 mil postos foram extintos nos 12 municípios localizados no entorno de unidades da Petrobras.


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