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Publicado: 02/08/2017 | 1900 visualizações

Trabalhadores e sindicato rejeitam redução do efetivo mínimo nas UTE’s Arembepe, Muricy e BA 1

A direção do Sindipetro Bahia se reuniu na manhã de terça (01\08), com a gerência das UTE’s Arembepe, Muricy e BA 1, para tratar das demandas dos trabalhadores. Pelo sindicato participaram o coordenador geral, Deyvid Bacelar e o diretor Élcio Santana, que confirmaram o atendimento à reivindicação da alimentação para o pessoal da BA 1 e Arembepe.

Quanto à questão da redução do efetivo mínimo nas termelétricas, o sindicato deixou claro que não aceita essa prática e que a justiça concedeu liminar proibindo essa redução em todas as unidades operacionais do Sistema Petrobrás na Bahia.  Apesar dessa decisão, a gerência das termos está fazendo a redução, alegando que mesmo não tendo realizado o estudo técnico de O&M, fez um levantamento interno e procura justificar com isso a redução do efetivo, o que constitui uma arbitrariedade e viola a Cláusula 91 do ACT 2015-2017.

Diante da reivindicação do sindicato, ficou acordado que a UTE Muricy quando estiver em operação em nenhuma hipótese poderá haver menos de 3 operadores no turno. Na BA 1 esse assunto também foi tratado, com o sindicato e os trabalhadores justificando que por se tratar de uma usina termelétrica a operação da unidade não pode ter menos de 3 operadores, porque assim procedendo a gerência viola normas legais, como a NR 20, 13 e 15, podendo responde civil e criminalmente pelos fatos que ocorram com os trabalhadores.

Segundo o coordenador Deyvid Bacelar e o diretor Élcio Santana, a situação na UTE Arembepe é mais delicada, por ser uma unidade que sofre com a degradação dos equipamentos, tendo um nível de insalubridade elevado, temperatura altíssima na praça de máquinas com constantes vazamentos de gases e óleo combustível, gerando uma atmosfera nociva aos trabalhadores.

Como se tudo isso fosse pouco, pela configuração da usina, que é composta por muitos equipamentos e auxiliares, na sua maioria com operação manual, tudo isso tem uma sobrecarga a mais para os operadores.  Ainda assim a gerência das termoelétricas quer reduzir o efetivo mínimo, sem levar em conta todos esses fatores de risco, que só fazem contribuir para o um ambiente inseguro e que põe em risco a saúde e a vida do trabalhador.

A categoria já deixou claro que não aceitará medidas unilaterais e conta o apoio da direção do Sindipetro Bahia para reverter toda e qualquer arbitrariedade.