Prezando pela representatividade da Categoria Petroleira, o Sindicato dos Petroleiros da Bahia decidiu adiar a Assembleia Geral Extraordinária (AGE), deste sábado (22/07), que seria realizada no Ediba, devido à baixa adesão dos trabalhadores. Próxima data será informada.
O ato foi convocado para discutir e deliberar a contribuição assistencial/negocial no valor correspondente a 1% sobre o salário base e adicionais habituais, a ser descontado em folha de pagamento de todos os trabalhadores empregados do Sistema Petrobrás, nos meses de agosto, setembro e outubro de 2017, para custeio da campanha reivindicatória, com direito à oposição antes de efetivado o primeiro desconto.
"Pela pouca participação dos trabalhadores a diretoria do sindicato decidiu não colocar em votação a pauta", informou o coordenador do Sindipetro, Deyvid Bacelar. Já para o diretor recém eleito, Ivo Saraiva, "nesse cenário extremamente adverso em que vivemos, é difícil entender essa falta de participação da categoria, onde hoje é preciso fortalecer o sindicato para ficarmos preparados para os momentos difíceis que virão e para a campanha reivindicatória, que será bem complicada".
Vale lembrar que o governo golpista do Michel Temer (PMDB), junto com seus aliados do PSDB e DEM, já deixou claro que a verdadeira intenção é vender a Petrobrás e, em seguida, demitir.
O sindicato recebeu denúncias de que o Gerente Geral da Refinaria Henrique Lage (REVAP), em São Paulo, anunciou para os funcionários daquela unidade a privatização da RLAM e da RNEST e a possível demissão de funcionários que se recusarem a serem transferidos.
A venda de refinarias gera uma discussão mais ampla e estratégica, que além de colocar em risco milhares de empregos, arrisca a segurança energética do país e facilita o avanço da privatização total da maior empresa do Brasil.