O presidente da Petrobrás, Pedro Parente, tem 20 dias para responder à Procuradoria Geral da República sobre a representação feita pela FUP há cerca de um mês, denunciando-o por conflitos de interesses na gestão da empresa. O ofício foi expedido nesta terça-feira, 04/07, pela procuradora Daniella Piza, da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão, que atua no combate à corrupção.
Na representação feita ao Ministério Público Federal, a FUP cobra o afastamento do presidente da Petrobrás, ressaltando a ilegitimidade do governo que o indicou e a existência de conflito de interesses com o cargo que ocupa. Pedro Parente é sócio fundador da Prada Consultoria, grupo de gestão financeira e empresarial presidido por sua esposa e especializado em maximizar os lucros dos milionários brasileiros, entre eles os detentores das 20 maiores fortunas do país.
“Terão as 20 famílias-clientes do Representado renunciado publicamente a qualquer operação financeira relacionada, ainda que indiretamente, à Petrobrás?”, questiona a FUP, tomando como base o Artigo 5 da Lei 12.813/2013, que trata de conflito de interesses no exercício de cargo ou emprego no âmbito do Poder Executivo federal.
A representação que cobra o afastamento de Pedro Parente da Presidência da Petrobrás foi protocolada pela FUP no dia 08 de junho, no encerramento do ato nacional realizado pelos petroleiros e movimentos sociais no Rio de Janeiro, contra a privatização do Sistema Petrobrás. O documento pode ser acessado aqui.
Leia também:
Ato denuncia crimes de Parente e cobra sua saída da Petrobrás
As relações pessoais de Pedro Parente com FHC e o mercado financeiro
Fonte: FUP