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Publicado: 26/06/2017 | 1520 visualizações

A Morte ronda a RLAM - mais uma emergência em menos de 48h

Na manhã da sexta-feira (23/06), por volta das 10h35, ocorreu mais uma emergência na RLAM, depois do acidente que queimou um operador da U-6, no dia 21/06 à noite, o que aumenta o medo dos trabalhadores, devido à redução arbitrária do efetivo mínimo nas unidades de processo e Segurança Industrial. 

Dessa vez, apesar da unidade estar normal, ocorreu vazamento na bateria dos trocadores C-901(nafta petróleo) que fica situada no terceiro piso da unidade (vale à pena ressaltar que são trocadores de grande porte e suas manobras requerem a presença de pelo menos três operadores). Foi um vazamento considerável de petróleo pelo flange de um desses trocadores de calor na linha de chegada do petróleo na U-09.

É importante ressaltar que existem seis ramais de trocadores e um ramal vazou e somente foi bloqueado pela operação, porque ocorreu em horário administrativo, quando há três operadores e um CTO na refinaria. Mas, antes, o vazamento desceu até o piso inferior, ocorrendo a ignição na bomba de RAT, a J-903 que opera com temperatura de 350° C.

O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, que também é funcionário da RLAM, salienta que esta bomba, em que aconteceu o sinistro, fica situada abaixo da bateria de trocadores C-918 (nafta X ar), um combustível de difícil combate ao incêndio. “Caso esta emergência tivesse acontecido à noite, quando a unidade fica menos guarnecida de pessoas, o resultado, com certeza, seria outro”, afirma.

A brigada teve de combater o vazamento com apenas nove brigadistas de um total de 18, ou seja, apenas 50% estavam presentes, pois o efetivo bastante reduzido das unidades de processo não permite que as pessoas saiam de seus locais de trabalho para arriscarem suas vidas e de colegas.  Há unidades em que o efetivo foi reduzido para apenas um operador, sendo este também brigadista, o que obviamente o impede de integrar a brigada.

Deyvid explica que “os nove brigadistas estavam em apoio aos competentes Técnicos de Segurança da Segurança Industrial, que, também, está com o quadro bastante reduzido por causa das saídas da metade do seu efetivo (27 técnicos de segurança), devido ao PIDV”.

Infelizmente, informa o coordenador, “já soubemos que querem colocar até técnico de segurança terceirizado na Segurança Industrial para atuar no combate a emergências, através de empresas de corpo de bombeiro civil ou seja, terceirizando por completo a segurança industrial, colocando em risco as pessoas e as instalações da Petrobrás. Não podemos permitir que terceirizados atendam às chamadas de emergência nem atuem como brigadistas, pois estes não têm conhecimento das unidades de processo, além dessa ser uma atividade específica que deve ser feita por técnicos de segurança próprios/concursados”.

 

Defenda a sua vida, não morra!

 

Lute e resista contra a redução do efetivo mínimo nas unidades de processo!!!

 

JUNTOS SOMOS + FORTES!!!