Em razão dos atos realizados na manhã do domingo (25/06) e da  quinta (22/06) na RLAM, em protesto contra a arbitrariedade e violência da direção da Petrobrás em reduzir o efetivo e também pelo primeiro acidente ocorrido na U-6, causando queimaduras no operador e o incêndio na U-9 – consequência direta da já denunciada redução do efetivo pela direção do Sindipetro Bahia – os trabalhadores da 4ª e 1ª Turma, em votação, decidiram entrar na unidade apenas após as 13h, causando o interstício total. Ficou aprovado também que o mesmo método será realizado com as outras turmas.

Diante desse fato, na tentativa de evitar o interstício total, a refinaria pretende atrasar a apanha do turno de 23h para que esta seja iniciada às 00:30h, com o objetivo de que a frota chegue à Rlam às 02:00h.

Outro ponto a ser ressaltado é que as Turmas que deveriam sair às 7h30 e ficam na refinaria até quase 14h, se retornarem à refinaria entrarão às 02:00h, sem cumprir o interstício total, e a turma que sairia às 23h30, com isso sairá às 02:30h, chegando em suas residências quase às 04:00h, correndo os mesmos riscos de vida, numa estrada de reconhecida violência na sociedade.   

Existe uma escala de turno predefinida e à noite, o horário que está no Acordo Coletivo de Trabalho para chegada à RLAM é 23h. Esse horário de 23h é o horário habitual de todas as frotas de ônibus das empresas, como RLAM e do Polo. Mudar isso é colocar sob risco os trabalhadores, pois os ônibus da RLAM ficariam isolados na estrada sem o apoio do comboio das outras frotas, aumentando o risco de assalto e assassinatos na estrada.

Bom lembrar que nos últimos dois anos a categoria vem sofrendo pressão e perdendo direitos adquiridos na luta, através de atitudes impositivas do golpista Pedro Parente.

A direção do Sindipetro Bahia orienta aos trabalhadores que não peguem os ônibus que passarão às 00h30, nos locais de apanha, mesmo com a pressão que será exercida pela empresa, porque nenhum trabalhador deve correr riscos saindo de madrugada para pegar os ônibus, expondo suas vidas e deixando as famílias intranquilas. Portanto, a hora é de unidade e luta e de não ceder a esses golpistas.

Rodoviários também são prejudicados

A direção do Sindipetro Bahia procurou o Sindicato dos Rodoviários reforçando a denúncia de que a redução do efetivo causa graves consequências aos petroleiros e que a tentativa da gerência da RLAM, em modificar os horários das apanhas das turmas, com o objetivo de acabar com o interstício total, também atinge os motoristas das empresas que fazem o transporte.

Exemplo disso é o motorista que sai da Refinaria às 02h30, chega a Feira de Santana às 04h e o mesmo já está fazendo a apanha da turma às 5h30, para chegar na Rlam às 7h.  Segundo os rodoviários, isso está errado, pois os motoristas estão sendo submetidos a um stress violento e sem descanso, podendo gerar acidentes por cansaço, por não ter dormido, etc.

Para o coordenador do Sindipetro, Deyvid Bacelar, os motoristas têm o direito ao descanso e o gerente geral da Rlam está colocando a vida dos rodoviários da Cacique em risco com esse horário, e qualquer acidente que ocorra com os motoristas ele pode ser responsabilizado civil e criminalmente.