Suposta comercialização da refinaria Landulpho Alves teria sido aprovada pela Petrobras; consultada pelo bahia.ba, companhia não confirma nem desconfirma negócio.
Os petroleiros prometem “a maior greve geral da história da Petrobras” como forma de barrar a venda das refinarias Landulpho Alves, em São Francisco do Conde, no Recôncavo baiano, e Abreu e Lima, em Ipojuca, no litoral sul pernambucano.
Além de protestar contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo Governo Temer, o sindicato da categoria reclama de prejuízos no acordo coletivo e contra o chamado “desmonte e privatização do sistema Petrobras”, que ocasionaria “pela primeira vez na história” a perda do controle da produção do mineral para a iniciativa privada.
A venda das unidades teria sido aprovada na última reunião do Conselho de Administração da Petrobras, conforme informações divulgadas entre profissionais da companhia. A data da comercialização, que já seria negociada com as multinacionais Shell e Total, estaria prevista para o final deste mês. O modelo seria de criação de uma nova empresa, em que o capital estrangeiro deteria 70% das ações, mas a petrolífera brasileira continuaria com participação. Os valores não foram especulados.
Consultada pelo bahia.ba, a estatal não confirmou nem desconfirmou que o negócio integre a sua nova carteira de investimentos, divulgada na última quarta-feira (10), em que ficou definida a revenda da refinaria de Pasadena, no Texas, cuja aquisição é alvo de investigação pela Operação Lava Jato.
No estado, o novo conglomerado teria controle, além da RLAM, sobre o Terminal de Madre de Deus e, com a nova política econômica de preços no segmento, poderia decidir entre produzir e importar petróleo. Primeira refinaria nacional, inaugurada em 1950, e maior abastecedora de combustíveis e derivados no Norte e Nordeste, a Landulpho Alves tem capacidade para refinar 51.352 m³ por dia de petróleo.
Fonte: Bahia.ba