A diretoria do Sindipetro representou os petroleiros da Bahia ao participar do ato histórico em apoio ao ex-presidente Lula, na praça Santos Andrade, em Curitiba, na quarta-feira, 10/05.
Durante cinco horas, Lula prestou depoimento ao juiz Sérgio Moro, enquanto mais de 50 mil pessoas esperavam o ex-presidente, no centro da cidade de Curitiba.
Ao final do depoimento, Lula deu uma aula de política, falou sobre a perseguição implacável que vem sofrendo, principalmente da mídia, que já antecipou a sua condenação, apesar de não haver provas que o incriminem.
Ele citou as inúmeras reportagens negativas sobre a sua pessoa. “Os jornais têm mais informação do que os meus advogados. Só no JN foram 18 horas contra mim”, afirmou.
Em sua fala o ex-presidente também denunciou o esquema de vazamentos seletivos da Lava Jato, no que foi contestado pelo juiz Moro. Lula, então rebateu. Veja trecho da conversa:
Moro- A imprensa não tem qualquer papel no julgamento desse processo. O juiz não tem nenhuma relação com o que a imprensa publica ou não publica e esses processos são públicos.
Lula- Doutor, o senhor, sem querer talvez, entrou nesse processo. Sabe por quê ? Porque o vazamento das conversas da minha mulher com os meus filhos, foi o senhor que autorizou...eu tive minha casa molestada, sem sequer eu ter sido intimado para depor. Ninguém nunca me convidou. De repente eu vejo um pelotão da Polícia federal. Levantaram até o meu colchão para ver se tinha dinheiro.
Lula também pediu para que se pare com as ilações e diga qual o crime que ele cometeu. “O Ministério Público tem algum documento que mostra que eu comprei o apartamento? Tem alguma escritura? Foram em alguma imobiliária lá em Santos? foram em algum lugar? Pelo amor de Deus, mostrem! ”
Lula saiu do depoimento ainda mais fortalecido e nos braços do povo. Discursou para milhares de pessoas no centro de Curitiba e afirmou: “Estou vivo e me preparando para voltar a ser candidato a presidente deste país. Nunca tive tanta vontade como tenho agora, de fazer mais, melhor e provar mais uma vez que se a elite brasileira não tem competência para consertar esse país, um metalúrgico, com quarto ano primário, vai provar que é possível”.