Os empregados da terceirizada Infotec denunciam a empresa por violar os direitos trabalhistas, sob a omissão da gestão da Petrobrás. Segundo denúncia encaminhada ao Sindipetro Bahia, as áreas afetadas são as de gás e óleo em Buracica, Miranga, Santiago e Candeias, onde os trabalhadores da Infotec passam dificuldades com alimentação, porque o vale fornecido pela terceirizada para cinco refeições por dia, tem o valor de R$56,00, o que é irrisório e não garante a alimentação para este período. A Infotec também não paga o direito de confinamento (adicional), apesar dos trabalhadores permanecerem durante quatorze dias por mês confinados.
Segundo a denúncia, o valor da hora trabalhada, que tem como base R$1.800.00, está sendo dividido por 220 horas, quando na verdade todos trabalham, a depender do mês, entre 168 e 204 horas, sendo, portanto, lesados no que têm direito. Devido ao baixo salário pago a um técnico de segurança do trabalho que também desempenha as funções de resgatista na vertical\horizontal, brigadista, sobre aviso\confinado, condutor de veículo de emergência e líder de brigada, entre outros – muitos trabalhadores estão sendo obrigados a fazer atividades extras para complementar o salário, colocando a vida em risco, como aconteceu recentemente com o colaborador do setor de Segurança, Décio Carvalho, de Buracica, que sofreu traumatismo craniano.
A denúncia encaminhada ao Sindipetro Bahia afirma que a terceirizada Infotec paga salário de R$1.800.00 a estes profissionais, enquanto o piso do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho - SINTESB – é de R$2.576,00. O sindicato avalia as medidas legais a serem adotadas e adverte a gestão da Petrobrás para coibir a violação dos direitos dos trabalhadores da Infotec.