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Publicado: 25/03/2017 | 696 visualizações

Benzeno - Sindipetro paralisa RLAM e realiza palestra na frente da empresa

Na manha desta quarta-feira (22\03), a direção do Sindipetro Bahia realizou uma paralisação no Trevo da Resistência contra a intransigência da Gerência Executiva do Refino e do SMS da Refinaria, que não autorizaram a realização do curso sobre benzeno na empresa. O curso seria ministrado pelas duas maiores especialistas da América Latina, as doutoras Arline Arcuri e Patrícia Dias, respectivamente pesquisadora e tecnologista da Fundacentro. O Sindipetro aproveitou o ato para fazer a palestra com as duas especialistas em benzeno na área externa da Refinaria.

Segundo o coordenador do Sindipetro, Deyvid Bacelar, “a gestão da Rlam mostra mais uma vez a falta de respeito que tem com o sindicato e funcionários, trancando o portão 1 de acesso à Refinaria, impedindo a realização do curso sobre benzeno”.  A direção do sindicato foi então obrigada a parar os trabalhadores no Trevo da Resistência, para que eles fossem informados da atitude arbitrária da empresa, que impediu a oportunidade dos trabalhadores serem capacitados sobre os riscos da exposição ao Benzeno.

Para Leonardo Urpia, diretor da FUP e do Sindipetro, “o que pensávamos é que a empresa tinha algum tipo de consideração pelo trabalhador. Essa atitude da Petrobrás demostra que ela não liga para a saúde e segurança dos trabalhadores, revelando que o grande e único interesse dessa atual gestão é com o lucro”.

As palestrantes explicaram aos petroleiros os perigos do benzeno. “O produto, por ser muito tóxico, pode causar irritação nos olhos, nariz, boca, causa inflamação pulmonar, dor de cabeça, tontura, convulsão e com exposições crônicas, ocorre alterações na medula óssea, no sangue e pode gerar vários tipos de câncer”, explica a Dra. Arline Arcuri.

Ela explicou ainda que os empregados podem se proteger evitando e recusando a trabalhar em ambiente perigoso, com algum tipo de vazamento. Dra. Arline ressaltou também que “todo trabalhador tem o direito de recusar a trabalhar em ambientes perigosos e para garantir essa decisão ele pode procurar a CIPA e os sindicatos”.

O trabalhador que identificar algum problema com o produto na empresa pode denunciar ao Ministério do Trabalho, Vigilância Sanitária, Ministério da Saúde, Convenção Nacional Tripartite do Benzeno, Convenção Estadual do Benzeno e no Grupo de Trabalho do Benzeno.

O ato contou com a presença do diretor do Sindipetro NF, Carlos Miranda, do Sindipetro Caxias, Alessandra; da FUP, Castelano e dos diretores do Sindipetro Bahia, Climério Chaves Reis (Mero), Sinvaldo Silva Costa (Pelé), Ubiraney Porto, Pedro Batista (Peu), José Santiago, André Araújo, Agnaldo dos Anjos, Jairo Batista, Roque Sotero, Jorge Mota, Gilson Sampaio (Morotó) e Rosângela Maria.