O que você achou dessa matéria?
bom (0) ruim (0)
Publicado: 20/03/2017 | 465 visualizações

II Curso Benzeno - evento continua no sindicato, mas foi cancelado na Rlam porque Petrobrás não quer Fundacentro na empresa

Foi aberto na manhã desta segunda-feira, 20/03, com 77 inscritos, o II curso sobre o Benzeno, realizado pela secretaria de SMS do Sindipetro Bahia.

O curso que acontece durante dois dias (20 e 21/03) no auditório da entidade sindical reúne trabalhadores da categoria, representantes de sindicatos como o Sindiquímica, Sindipetro Caxias, Sindipetro PE/PB, Sinposba, Sindfrentista Campinas, UFBA, SENAI, IFBA, CESAT e SRTE.

Ministrado pelas duas maiores especialistas em benzeno da América Latina, as doutoras Arline Sydneia Arcuri, (pesquisadora da Fundacentro), e Patrícia Moura Dias (tecnologista da Fundacentro), o curso seria estendido aos trabalhadores da Rlam, e aconteceria também nos dias 22 e 23/03, na Refinaria.

Mas no final da semana passada, o sindicato foi surpreendido com a suspensão deste curso específico, que já havia sido negociado com a gerência de SMS e RH da refinaria e o Grupo de Trabalhadores do Benzeno. Foi acordado que as duas doutoras iriam ministrar 8 das 20 horas do curso para a CIPA.

O mais absurdo é o motivo do cancelamento, que foi informado ao sindicato.  De acordo com algumas fontes o curso foi suspenso devido a determinação da Gerência Executiva do Refino e do SMS Corporativo, que não autorizam a Fundacentro  a ministrar cursos nas áreas da Petrobrás.

A gerência parece ignorar que a Fundacentro é um órgão do governo federal, ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego, que assessora as empresas e sindicatos em relação às questões de saúde e segurança do trabalho e “até aonde sabemos, a Rlam é controlada pelo governo federal, que ainda é acionista majoritário da Petrobrás”, ironiza o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, que vai mais além criticando o fato de “alguns gestores tomarem a atitude  de não receber um órgão do Ministério do Trabalho, que vai contribuir, e muito, em relação à proteção do trabalhador exposto ao benzeno, uma agente altamente cancerígeno”.

Deyvid lamenta o fato de a empresa descumprir esse requisito legal do Acordo Nacional do Benzeno. “Porque o curso tem que ser feito e de forma consensual entre as partes, atitudes unilaterais não cabem, são ilegais, não serão aceitas e o Sindipetro tomará providências sobre o assunto”.

 

Leia mais