Depois da paralisação realizada pela manhã na BR 324, na região de Alagoinhas e no Iguatemi, a direção do Sindipetro Bahia, movimentos populares e trabalhadores saíram em passeata, na quarta (15\03), a partir das 15h, do Campo Grande até a Praça Castro Alves, no Dia Nacional de Luta Contra a Reforma da Previdência.
Convocada pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, Centrais Sindicais e sindicatos, a manifestação tomou as ruas de Salvador para denunciar que depois de atropelar a democracia com um golpe de Estado, “os golpistas continuam a política de cortar direitos adquiridos. O usurpador Temer pretende acabar com a Previdência e o direito à aposentadoria para atender a usura de banqueiros e especuladores”.
Segundo os organizadores, 50 mil pessoas participaram da passeata.
A proposta do governo obriga o trabalhador a atingir a idade de 65 anos e 49 anos de contribuição para poder se aposentar. Isso significa que apenas uma pequena parte teria acesso ao benefício – por pouco tempo – e a imensa maioria jamais conseguiria se aposentar. Além disto, iguala a idade de aposentadoria para homens e mulheres, ignorando a dupla jornada de trabalho das mulheres, em um país, onde ainda impera o machismo.
Além de desmontar a Previdência, os golpistas querem acabar com os direitos trabalhistas, como férias, 13º salário e descanso remunerado e impor a jornada de trabalho de 12 horas. Segundo os organizadores da manifestação, “para barrar esses ataques é necessário que os trabalhadores e o povo ocupem as ruas em todo o país e diga não aos golpistas, FORA TEMER”.
O coordenador do Sindipetro, Deyvid Bacelar, no percurso entre o Campo Grande e a Praça da Piedade, ressaltou que sem dúvida alguma essa foi a maior manifestação da categoria, “pela manhã fizemos a paralisação da BR 324, em Alagoinhas e na Fafen, com adesão muito grande dos trabalhadores; 12h fizemos um debate no EDIBA sobre a Previdência e convocamos para essa passeata. Muitos petroleiros atenderam a nossa convocação e estão aqui na manifestação”.
Segundo Deyvid Bacelar, “quem de fato deve à Previdência segue intocável. Os empresários não só dão calotes, como muitos são isentos de contribuir e milhares sonegam. Só com isenções fiscais, a Previdência deixou de arrecadar em 2015 um valor equivalente a R$ 88 bilhões. A sonegação onera em cerca de R$ 100 bilhões por ano os cofres do INSS, mas o maior rombo da Previdência é o calote dos empresários, que devem mais de R$ 340 bilhões.
Para o diretor do Sindipetro, André Araújo, essa reforma previdenciária é muito danosa aos trabalhadores, por isso, disse ele, “estamos hoje nas ruas nos somando aos movimentos sociais em defesa dos direitos dos trabalhadores e contra esse processo regressivo desse governo golpista. Também foi muito bom ver diversas pessoas da categoria participando da mobilização, é bom ver que a classe trabalhadora está reagindo”.
As manifestações aconteceram em todo o Brasil reunindo milhões de pessoas, que deram seu recado ao Planalto, demonstrando a sua insatisfação e e que não aceitarão os retrocessos do governo golpista.
Por tudo isso, a luta é para barrar as reformas dos golpistas e a privatização do Sistema Petrobrás.
FORA TEMER
ELEIÇÕES DIRETAS JÁ
NENHUM DIREITO A MENOS