O Sindipetro Bahia finalizou nesta sábado (11), com petroleiros da primeira turma o ciclo da Ciranda do Turno na Refinaria Landulpho Alves e Usina Termelétrica Celso Furtado. "O evento foi um sucesso, os petroleiros aprovaram e participaram em peso, mostrando para o sindicato que estamos no caminho certo", afirma o coordenador do Sindipetro Ba, Deyvid Bacelar.
Para ele o sucesso foi tanto que já fez o sindicato se movimentar e pensar em outras edições. " Trabalhadores de outras unidades souberam da qualidade das discussões e já solicitaram ao sindicato para realizarmos a "Ciranda" em outras unidades do Sistema Petrobras e nós já estamos pensando como fazer".
Ao longo dos cinco encontros os petroleiros assistiram palestras sobre a análise da conjuntura política, econômica e a situação da Petrobras, a reforma da previdência e seus impactos para classe trabalhadora e sobre o déficit do plano Petros 1 e suas consequências e a realidade do plano Petros 2.
Para o professor de Geografia Política da UFBA, Antônio Lobo, o evento foi uma excelente oportunidade e gratificante.
"Estamos em um momento difícil na humanidade com crises econômicas, a qualificação e o fortalecendo dos movimentos sociais é indispensável para combater a crise e o sistema capitalista que é comandado por um grupo seleto de no máximo mil pessoas", afirma Lobo.
Em sua palestra sobre conjuntura econômica a economista e técnica do Dieese, Ana Geogina, explicou que "as crises econômicas surgem de tempo em tempo e na sua grande maioria são orquestradas pelo capitalismo que volta mais fortes já que conseguem enfraquecer a resistência e os sindicatos".
Para Georgina a Petrobras que dede sua criação gera emprego, renda, ajuda desenvolvimento do país e continua sendo uma empresa inovadora e produtiva. "Com a privatização os ganhos da empresa irão para as mãos do capital como exemplo a privatização da Vale do Rio Doce".
Reforma da previdência
O governo federal apresentou no ano passado uma Proposta de Emenda à constituição (PEC) 287 que muda regras para a aposentadoria e pensões. "Dentre várias propostas a PEC propõe que o trabalhador tenha um tempo de carência de no mínimo 15 anos consecutivos de contribuição, dento desses anos o só poderá ficar no máximo três anos sem contribuir", lembra o assessor jurídico Ricardo Serra.
Ele também afirma que "a reforma da Previdência Social vem para dificultar e impedir que o trabalhador consiga se aposentar".
Plano Petros
O conselheiro eleito da petros e diretor do Sindipetro Bahia, Paulo César fez um relato sobre o Plano Petros e o Petros 2.
Para ele o déficit do Petros 1 foi visado por uma séries de erros administrativos. " Os números ainda não fecharam, mas provavelmente o plano terá um déficit de 23 bilhões de reias", relata.
Petros 2, mesmo com apenas nove anos de existência já é o quarto maior plano de previdência complemente do país.
Os atores Camila Pedreira, Hugo Santos, Mateus Gama, Maurício Cruz e Amós de Oliveira, do grupo Amarte do Levante Popular da Juventude apresentaram uma peça teatral com o tema "O petróleo é nosso", que mostra a história é importância da empresa para o país.