Na manhã desta segunda-feira (06\03), o governo do Estado inaugurou e liberou o uso do Anel Viário e a rotatória que ligam as BAs 522 e 523. A obra liga os municípios de São Francisco do Conde e Madre de Deus à BR-324, sem que os motoristas tenham que entrar em Candeias. A obra era uma antiga reivindicação do Sindipetro Bahia e da população de Candeias e região.
Para Deyvid Bacelar, coordenador do Sindipetro Bahia, “essa obra é de grande importância não só para os petroleiros como para toda comunidade da região. Os caminhões de carga pesada, com produtos químicos, não passarão mais por dentro de Candeias, o que vai evitar os enormes engarrafamentos na região facilitando o deslocamento da comunidade e dos petroleiros, tornando o roteiro mais rápido e muito mais seguro, sem o risco de uma grande emergência química na cidade”.
Na obra foram investidos nos 8 km da pista R$ 24 milhões em uma parceira entre o Governo do Estado e a Petrobras, que custeou 70% da obra.
Durante o ato de inauguração do Anel Viário e de outras obras em Candeias, Deyvid Bacelar aproveitou a oportunidade para cobrar do Governador uma agenda com o Sindipetro Bahia e Movimentos Sociais contra a Privatização do Sistema Petrobrás na Bahia e outras pautas. Além dessa tentativa, o Sindipetro Bahia protestou com faixas junto com a comunidade local contra a entrega dos Campos Terrestres de Petróleo para a iniciativa privada.
Os diretores do Sindipetro, Jairo Batista e Gilson Sampaio (Morotó), também participaram do evento juntos com militantes dos movimentos populares e com o Vereador de Madre de Deus José Arivaldo Amaral (Val Peças).
HISTÓRICO DA OBRA E PAPEL DO SINDIPETRO BAHIA
A direção do Sindipetro Bahia já cobrava, em meados de 2012, a realização do Anel Viário de Candeias, para ligar as BAs 522 e 523 à BR-324.
O primeiro projeto tinha orçamento de R$ 19,5 milhões e um segundo um custo total de R$ R$ 23,6 milhões, sendo R$ 1 milhão do Estado e o restante da Petrobras. A Secretaria Estadual de Infraestrutura também gastaria mais R$ 5 milhões com as desapropriações. Na época, a obra começaria em abril e a conclusão seria no primeiro semestre do ano de 2013.
A direção do sindicato esperou que a obra saísse do papel para beneficiar não somente os trabalhadores que sofriam e se estressavam no percurso casa-trabalho e trabalho-casa (Rlam, Temadre, Usina da Pbio e UO BA Candeias), mas também a população (e os motoristas) que moram e circulam na Região Metropolitana de Salvador - RMS.
Deyvid Bacelar acompanhou tudo isso desde o início, provocou, cobrou e participou das reuniões na Rlam, no Derba de Santo Amaro e com o prefeito de Candeias, Sargento Francisco (10/06).
Segundo Deyvid, todas as pesquisas da época (2011/2012/2013) apontavam o trânsito no entorno de Candeias como o maior foco de reclamação dos trabalhadores e da população da RMS. O sindicato mesmo recebia dezenas de telefonemas, cartas e correios eletrônicos denunciando os riscos de acidentes, os transtornos sociais e psicológicos (estresse) causados pelo péssimo estado da BA 523 e pelas quase 2 horas 40 minutos de viagem de Mataripe a Salvador.
CRONOLOGIA DO QUE FEZ O SINDIPETRO BAHIA
1- Reunião com o GG da RLAM, gerente de RH e SOP
2- Reunião com o prefeito de Candeias, secretários, vereadores e o SITICCAN
3- Reunião com o prefeito, secretário e GG da RLAM
4- Reunião com o DERBA e o secretario de Obras de Candeias, com a assessoria de um engenheiro civil
5- Diversas reuniões com representantes do governo do Estado
Somente agora, em março de 2017, o governo inaugura esta importante obra, uma antiga cobrança do Sindipetro Bahia e da população de Candeias e região.