A direção do Sindipetro Bahia deu continuidade neste sábado (04\03), à “Ciranda do Turno”, na Refinaria Landulpho Alves e Usina Termelétrica Celso Furtado, com a Turma 5. O evento foi aprovado pela categoria e os debates têm sido elogiados pela base.
O professor de geografia humana, Antônio Lobo, fez para os trabalhadores da Turma 5 uma análise da conjuntura política, ressaltando que “com este governo golpista é indispensável o fortalecimento dos sindicatos. O empregado tem que participar ativamente das atividades, deixar de lado a questão individual e privilegiar a luta coletiva”. Lobo alertou “que a direita prega a homofobia, o preconceito, a redução dos direitos dos trabalhadores, a entrega das riquezas nacionais ao capital estrangeiro e que a Petrobrás é a joia da coroa nesse jogo”.
Em seguida, foi a vez da supervisora técnica do DIEESE, Ana Georgina, fazer uma análise econômica do país e da Petrobrás. Ela reafirmou aos trabalhadores que a Petrobrás tem uma grande participação na industrialização do Brasil, na geração de riquezas e de empregos. A técnica do DIEESE disse que por esse motivo os golpistas, “com apoio da mídia conservadora e de direita, avalista do golpe, disseminaram a mentira sobre a quebra da Petrobrás, para que houvesse a redução do preço das ações e assim facilitar o projeto de privatização do Sistema Petrobrás”.
Sobre a reforma da Previdência e sua consequência para a classe trabalhadora, o assessor jurídico do Sindipetro Bahia, Clériston Bulhões, afirmou que a PEC 287, que muda as regras da aposentadoria e pensões, é extremamente danosa e prejudicial ao trabalhador. Segundo ele, “com essa proposta dos golpistas somente se aposentará com 100% do valor quem tiver 65 anos de idade e ter contribuído por 49 anos”, lembrando que isso vale tanto para os homens como para as mulheres.
Conselheiro Deliberativo eleito da Petros, diretor da FUP e do Sindipetro Bahia, Paulo César aproveitou a oportunidade para fazer um relato aos trabalhadores da ativa sobre os planos Petros 1 (PP1) e Petros 2. Ele disse que “apesar do déficit do Petros 1, ele ainda é o segundo maior plano de Previdência Privada do país, enquanto o Petros 2, com apenas nove anos de instituído, já é o quarto maior”.
Paulo César informou aos trabalhadores que o equacionamento do déficit do Petros 1 continua sob estudos técnicos e que a Diretoria Executiva da Petros solicitou à Previc, órgão do governo que fiscaliza os planos privados, adiamento do prazo para o equacionamento do déficit referente ao ano de 2015.
Paulo César explica que o motivo principal do déficit do PP1 são as dívidas que várias empresas têm com o plano. Se forem pagas, esse déficit será reduzido significativamente. Portanto, para diminuir ou evitar esse equacionamento, precisamos comprovar que as empresas patrocinadoras do PP1 são responsáveis por essas dívidas.
Ele questiona como fazer esses equacionamentos se há uma dívida pendente. Segundo o Conselheiro Deliberativo eleito, o correto é pagar primeiro e depois equacionar.
Por fim, Paulo César disse aos trabalhadores que até a aprovação do plano de equacionamento pelo Conselho Deliberativo da Petros, as contribuições de todos os participantes e assistidos do PP1 seguem na forma que estão hoje, sem qualquer alteração.
No encerramento da “Ciranda” deste sábado, o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, agradeceu aos trabalhadores e ressaltou a alegria e satisfação de todos, “porque a maioria dos trabalhadores está participando desta iniciativa, uma oportunidade para ficar mais informado e qualificado para a vida pessoal e profissional”. Deyvid Bacelar vê nisso também a aprovação dos trabalhadores às ações do Sindipetro Bahia.
A “Ciranda” deste sábado (04\03), na RLAM\UTE-CF, Turma 5, contou com a participação dos diretores Jairo Batista, Agnaldo dos Anjos e Radiovaldo Costa.