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Publicado: 16/02/2017 | 489 visualizações

Sindipetro paralisa FAFEN e UTE-RA no Dia Nacional de Luta contra a Privatização

A direção do Sindipetro Bahia realizou nesta terça (14\02), das 7h às 9h, um ato com os petroleiros e petroleiras da FAFEN e UTE-RA, no Dia Nacional de Luta contra a Privatização do Sistema Petrobrás, uma proposta da FUP e seus sindicatos filiados. Os trabalhadores ouviram atentos a todas as falas dos diretores que ajudam a mobilizar a categoria para a grande greve nacional petroleira que se aproxima contra o desmonte e privatização do Sistema Petrobrás.

Durante o ato, foi distribuído o informativo especial da FUP contra a privatização. O informativo conta a história da empresa, desde os idos da ditadura militar, quando a Petrobrás se caracterizou como uma empresa de petróleo focada no refino e na produção em terra (1970\1980); quando foram descobertos vários campos de petróleo na Bacia de Campos, culminando no campo de Albacora, em 1984.

Em 1990, com a política neoliberal de fragmentação e redução da empresa, a Petrobrás viu seus investimentos minguarem (1990), o refino permaneceu estagnado, no governo FHC houve uma retração do número de trabalhadores da companhia.

A publicação especial da FUP, distribuída aos trabalhadores, ressalta que em 2003 a Petrobrás retomou sua trajetória de expansão dos seus investimentos em pesquisa, tecnologia, geologia, contratação de trabalhadores e no desenvolvimento de cadeias industriais (metalurgia e naval). Em 2007, com a descoberta do Pré-Sal no campo de Tupi, estimativas iniciais apontaram uma existência de uma reserva de até oito bilhões de barris de petróleo. Em 2008, após o acirramento da crise financeira mundial, a Petrobrás foi fundamental na minimização dos efeitos negativos da crise sobre a economia brasileira. A medida, diz a FUP, foi fortalecer o Plano de Negócios da empresa, ampliando seus investimentos no país. Entre 2003 e 2012, os investimentos da Petrobrás cresceram 378,2%.

Detalhe: entre os anos de 2002 a 2010 entraram 39 mil 365 novos trabalhadores no Sistema Petrobrás. Em 2002, 46 mil 743 e em 2013 a companhia chegou a ter 86 mil 108 trabalhadores.

Em 2014, a empresa passou a viver um momento crítico e em 2016 o golpe articulado pelas forças reacionárias do país, à frente o PMDB, DEM, PSDB e a mídia golpista sacramentou uma nova estratégia da Petrobrás que resgatou os princípios daquela observada nos 1990, de entrega das estatais e das riquezas do país ao capital estrangeiro, como começou a ser feito por Pedro Parente, que fez parte do governo FHC e agora integra o governo golpista de Michel Temer.   

Com o petróleo no centro do golpe, Temer e Pedro Parente vêm cumprindo a pleno vapor a agenda que impulsionou o golpe. Garantiam a operação do Pré-Sal para as grandes multinacionais, que estão também sendo privilegiadas com ativos nobres da Petrobrás. Uma das principais estratégias do desmonte é o rebaixamento dos valores dos ativos da empresa, os chamados “impairment”.

Os petroleiros e suas entidades reagem e afirmam que privatizar não é a solução. Segundo o informativo da FUP, em todas as grandes crises que a Petrobrás enfrentou, os petroleiros foram determinantes para impedir as tentativas de privatização da empresa. Resistência que, mais do que nunca, se faz necessário agora. A greve de novembro de 2015 apontou para a sociedade que os trabalhadores têm propostas e alternativas para a recuperação da companhia e que a saída para a crise não é a privatização. A FUP e seus sindicatos apresentaram alternativas para o financiamento da dívida da empresa, de forma a preservar empregos, a integração do Sistema e, assim, retomar a função desenvolvimentista da estatal.

A FUP conclui que somente com mobilização os petroleiros conseguirão barrar o desmonte. A greve de 2015 deu a senha. É chegada a hora de a juventude assumir o legado de luta herdado das gerações anteriores e provar que está preparada para embates maiores.

 

#JuntosSomosMaisFortes

 

Defender a Petrobrás é Defender o Brasil!