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Publicado: 06/01/2017 | 432 visualizações

O NOSSO PATRIMÔNIO CONTINUA SENDO VENDIDO

Iniciamos o ano com uma surpresa desagradável e que pode alterar a vida de muitos funcionários da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia. Existem rumores de que estariam sendo negociados mais de 50% das ações da RLAM para uma empresa francesa, a TOTAL, uma visita dos representantes dessa empresa para o dia 12 e do Diretor de Estratégia da Petrobrás Nelson Silva no dia 13 de janeiro, na UTE-CF, UTE-RA, RLAM e TEMADRE.

Todavia, a Petrobrás mais uma vez negligencia e nega informações sobre a venda da RLAM em matéria publicada no dia 05 de janeiro de 2017, no Valor Econômico, do jornalista André Ramalho, que no seu último parágrafo destaca a possiblidade de comercialização das refinarias em um modelo mais atraente para os investidores.

“Ouvi isso várias vezes, quando estava no Conselho de Administração da Petrobrás, e divulguei para a categoria. Estão apenas executando o Plano de “Desinvestimentos” (PRIVATIZAÇÃO) que tem projetos diferentes para comercialização das refinarias, de forma a oferecer para os investidores não só os ativos, como também seus mercados consumidores. Quem não se lembra das matérias dos jornalistas da área de energia (petróleo e gás), que citaram fontes seguras da alta administração da empresa, falando sobre os projetos para REPAR + REFAP, REDUC + REGAP e RLAM + RNEST junto com seus sistemas de logística?, desabafa Deyvid Bacelar, Coordenador Geral do Sindipetro Bahia e ex representante dos trabalhadores no CA da Petrobrás.

Em apresentação no último Congresso de Óleo e Gás, que aconteceu de 24 a 27 de outubro de 2016, no Rio de Janeiro, conforme citado pela matéria do Valor Econômico, o Diretor de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino, destacou que dentro do plano “estratégico” haveria uma “oportunidade” para novos players no negócio refino no Brasil, que estava “em formatação” mas que seria em breve divulgado. No evento, ficou claro, pelas apresentações dos convidados, que o mercado é seguro e cada vez maior, independente de “crise ” ou não. Que o mercado vai crescer e que há espaço para novas refinarias no país.

Porém, na plateia, estava presente um dos gerentes de alto escalão da antiga REFAP S.A (Repsol com 30%) e criticou abertamente o modelo de parceria da época que a Repsol entrou na REFAP, que funcionava somente no elo refino, sem os elos de logística, e sem proteções contra a Petrobrás/Governo. Segundo ele, para um novo player se interessar deveria haver um “participação” deste mesmo player nos elos logísticos do ativo de refino, para ele poder escolher o que fazer, processar, importar, negociar e vender, além de ter a prioridade no escoamento de insumos e produtos, nas tubulações de sua produção insumo, ao invés da Transpetro ter o controle.

Ou seja liberdade total, com aval do Governo.

Sendo então, Refinaria mais Logística (ativos da Petrobrás e TAG, operados pela Transpetro) no mesmo pacote.

Mais do que nunca é hora da categoria se organizar e lutar pelos seus direitos. Se a negociação da RLAM for efetivada, os trabalhadores e trabalhadoras poderão sofrer várias mudanças, inclusive nas remunerações, direitos e postos de trabalho que serão excluídos. Lembrando, que isso é apenas o início da PRIVATIZAÇÃO de Unidades do Refino, podendo se expandir para outras.

O que vamos fazer? Ficar de braços cruzados ou lutar pela NOSSA PETROBRÁS?