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Publicado: 01/12/2016 | 406 visualizações

O petróleo é alimento para a população

A assembleia geral extraordinária dos acionistas da Petrobrás aprovou a venda de 90% da participação acionária detida pela companhia na Nova Transportadora do Sudeste (NTS) pelo valor de US$ 5,194 bilhões, para o fundo Nova Infraestrutura Fundo de Investimento em Participações, gerido pela Brookfield Brasil Asset Management Investimentos Ltda, como parte do processo de desinvestimento, conduzido pela atual gestão entreguista de Pedro Parente. Também no encontro, foi aprovado o nome de Marcelo Mesquita de Siqueira Filho como membro do Conselho de Administração, representante dos acionistas minoritários da Petrobrás.

Durante a participação na assembleia, a FUP, além de votar contra a recondução dos então conselheiros que representavam os acionistas minoritários no Conselho de Administração da Petrobrás, apresentou um relatório sobre a atual conjuntura da estatal: com os desinvestimentos realizados, e a aceleração do processo de venda, incluindo empreendimentos e setores de distribuição, termelétricas, fertilizantes e exploração em campos terrestres, principalmente em áreas mais maduras.

O representante dos acionistas minoritários eleito, Marcelo Filho, afirmou que a produção de alimentos e de petróleo representa a mesma coisa: alimentação, saúde e educação para a população. Por isso, defendeu a necessidade de investir na Petrobrás, como patrimônio público.

A FUP denunciou a estratégia utilizada pela empresa de reavaliar os valores de seus ativos, rebaixando-os, para entregá-los às empresas estrangeiras, com valores abaixo do preço. Um exemplo que pode ser citado é a venda dos campos de produção terrestres, que possuem a expectativa de 257 milhões de barris de óleo equivalente em reservas provadas, enquanto a estimativa da venda é de, no máximo, US$200 milhões. Assim, a empresa está vendendo, em média a US$1,00 por barril.

A atual gestão da Petrobrás, além de entregar o nosso patrimônio, conduz uma política que tenta reduzir o volume da dívida via venda de ativos, sem considerar os prejuízos a longo prazo. Todos saem perdendo: a empresa, os trabalhadores e a sociedade.

Fonte: FUP