Na sexta, dia 25 de novembro de 2016, o que era para ser mais um ato em defesa da Petrobrás, contra a retirada de direitos e a nefasta PEC 55, foi mais um dia de truculência protagonizada pela Segurança Patrimonial da Petrobrás, que ao invés de buscar o entendimento e zelar pela segurança dos trabalhadores, colocou os seus prepostos para agirem como verdadeiros cães de guarda, se apressando em atender as determinações das gerências, mesmo que estas sejam contra as leis e regulamentos.
A irresponsabilidade da Segurança Patrimonial da Petrobrás é tamanha que chega ao ponto de incitar os trabalhadores a forçar a entrada no prédio administrativo, criando um ambiente propicio para o caos. Para isso, até mesmo agridem mulheres e idosos dos movimentos sociais, também sendo vítima a diretora do Sindipetro Bahia, a sexagenária Dona Olga.
Outro ponto importante, que merece destaque, foi o uso indevido da Policia Militar, que mais uma vez foi utilizada pela Petrobrás como segurança privada. O Governo do Estado da Bahia, caso compactue com esse desvio de emprego da Polícia Militar, estará não só negando segurança pública à população, como também se afastando do princípio da moralidade. O forte aparato policial usado na sexta, dia 25/11, teve cerca de nove viaturas e mais de 40 homens, inclusive de tropas especiais, da RONDESP e PETO, que são treinadas e utilizadas no confronto direto contra criminosos da mais alta periculosidade.
A direção do Sindipetro Bahia ressalta “que presenciamos um patente desvio de finalidade da ação da Policia Militar, que deixou de proporcionar segurança à população, todos os dias vítima da criminalidade, para atender pedidos da Petrobrás e realizar segurança ostensiva privada em suas unidades, principalmente no prédio administrativo da Bahia, EDIBA”.
A Petrobrás conta com um sofisticado setor de Segurança Patrimonial, com duvidoso serviço prestado por Coronéis da Reserva, que são agraciados em estatais para engordar seus vencimentos, além de ter recursos o suficiente para proteger suas instalações, não necessitando colocar em dúvida a instituição policial militar, que se submetendo ao poderio econômico da Petrobrás, restará configurado em mão dupla, a violação aos princípios norteadores da Administração Pública.