A FUP concluiu a reunião nesta quinta (17\11) afirmando que a nova proposta que a Petrobrás apresentou já nasce morta. Além de manter a política de arrocho salarial, a empresa insiste em questões que fogem das questões salariais, ferindo cláusulas do Acordo Coletivo que só serão negociadas no ano que vem e que, portanto, não são objeto do Termo Aditivo. Além disso, a Petrobrás segue descumprindo o que foi acordado em relação ao ATS dos trabalhadores da Fafen-PR.
A Federação faz avaliação da proposta da empresa nesta sexta-feira (18\11), no Conselho Deliberativo da FUP.
Reajuste das tabelas de salário básico em 6%, em setembro de 2016, e em 2,8%, em março de 2017, valores que se equiparam à estimativa da inflação de 2016, de 6,84%. Da mesma forma, não se pode dizer que o reajuste de tabelas de remuneração mínima seja satisfatório, pois o valor proposto para setembro de 2016, de 6%, é abaixo da inflação, assim como o “aumento” de 2,8%, em março de 2017, que não representam uma vitória para o trabalhado.
A empresa mantém a opção de redução da jornada de trabalho de 8 para 6 horas, mediante redução de 25% da remuneração. Assim, esta mudança não representa nenhum benefício ao trabalhador.
Reajuste das tabelas do Grande Risco da AMS e do Benefício Farmácia, em 8,97%. Levando em consideração a estimativa de inflação do final de 2016, de 6,84%, o reajuste acaba sendo irrisório.
A FUP faz questão de pautar a reunião sobre a situação dos trabalhadores da REGAP, em Minas Gerais. A Federação não aceita que haja punição pelo legítimo movimento dos trabalhadores da refinaria.
Trabalhadores não vão pagar o pato
A FUP apresentou números que a Petrobrás tem utilizado para pagamento das dívidas e de juros das dívidas, algo em torno de R$ 90 bilhões. Os trabalhadores não vão pagar essa conta, com perda de direitos e arrocho salarial.
Fonte: radarFUP