Os petroleiros da Bahia não aceitam a proposta apresentada pela Petrobrás, que retira direitos conquistados, propõe retrocessos e arrocho salarial. Em assembleias que aconteceram de 25 a 31/10, em todas as unidades do Sistema Petrobrás, 1031 trabalhadores votaram, sendo que 986 aprovaram o indicativo da FUP, rejeitando a proposta da empresa, 07 foram contra e 38 se abstiveram. Isto significa que a proposta da empresa foi rejeitada com 99,2% dos votos válidos.
Nas várias seções da AGE, os petroleiros também deliberaram sobre o calendário de mobilizações, de 01 a 10/11, em repúdio à agenda de retrocessos que está sendo implantada no país pelo governo golpista. Nesse caso, a votação teve o seguinte resultado: 957 aprovaram o calendário, 12 foram contra e houve 40 abstenções.
Um terceiro ponto discutido foi a participação da categoria na greve geral de 11/11, convocada pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo e centrais sindicais. Os trabalhadores decidiram que vão participar do movimento, com 958 votos a favor, 25 contra e 40 abstenções.
Com o objetivo de proporcionar uma maior participação da categoria nas mobilizações, atividades e greves, foram eleitos, nas assembleias, os trabalhadores que vão fazer parte do Conselho Consultivo de Base, que juntamente com a diretoria irá opinar, sugerir e indicar pautas de assembleias e também participar das diversas atividades de mobilizações aprovadas.
Em todas as assembleias, houve debate e envolvimento dos petroleiros e petroleiras, que demonstraram revolta com a proposta da empresa e com a onda de retrocessos que tomou conta do país.
Para o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, “estamos vivendo um momento perigoso no Brasil, em que a jovem democracia foi colocada em uma corda bamba, após mais de 54 milhões de votos terem sido rasgados por um golpe parlamentar, encorajado e assessorado pela mídia e judiciário”. As consequências, ressalta Deyvid, “já estão sendo sentidas pela sociedade em geral e particularmente pela classe trabalhadora, que corre grandes riscos de perder direitos como 13º salário, férias corridas de 30 dias e ver aumentada a sua jornada de trabalho e a idade para a aposentadoria”.
Diante de quadro tão adverso, os petroleiros decidiram não se omitir e partir para uma luta ampla, não só em defesa de seus direitos que estão sendo surrupiados pela atual gestão da empresa, mas também contra o desmonte do Sistema Petrobrás e o retrocesso que está sendo implantado no país por uma direita arcaica e entreguista.
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