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Publicado: 04/11/2016 | 418 visualizações

Petroleiros estão longe de fechar acordo

Os petroleiros estão rejeitando por unanimidade em diversas bases da FUP a proposta da Petrobrás de arrocho e cortes de direitos, na contramão do que afirmou o diretor de assuntos corporativos, Hugo Repsold, ao declarar à imprensa que a empresa está muito próxima de um acordo com os sindicatos e que não existem motivos para uma greve.

Além de não ter credibilidade alguma para falar em acordo, já que descumpriu o compromisso que assinou de implantação do ATS da Fafen-PR, suas declarações soaram como mais uma provocação à categoria. A Petrobrás quer sacrificar os trabalhadores com arrocho salarial e redução de direitos e Hugo diz que não há motivos pra greve? A gestão Pedro Parente está privatizando a toque de caixa a companhia e ele acha que isso também não é motivo pra greve?

Os resultados das assembleias falam por si só. Iniciadas no último dia 25, elas já foram concluídas em seis dos 13 sindicatos da FUP, com ampla aprovação dos indicativos de mobilização a partir da próxima semana, com paralisações, bloqueios de embarque, atrasos e intensificação da Operação Para Pedro, que consiste no cumprimento rigoroso de todos os itens de segurança.

Será um esquenta para a greve que os trabalhadores discutirão no Seminário Nacional, que será realizado nos dias 07 e 08 de novembro, em Campinas (SP), onde os sindicatos também definirão os próximos passos da campanha salarial, no Conselho Deliberativo da FUP, convocado para o dia 09.

99% de rejeição à proposta da Petrobrás

Os sindicatos de Minas Gerais, Bahia, Paraná/Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Duque de Caxias concluíram nesta sexta-feira, 28, as assembleias onde foram aprovados por ampla maioria os indicativos do Conselho Deliberativo da FUP de rejeição da proposta da Petrobrás e de realização de mobilizações a partir de segunda-feira, 31.

Em Minas Gerais, não houve sequer um voto a favor da empresa. As assembleias do Espírito Santo e de Duque de Caxias tiveram apenas um trabalhador que votou pela aprovação da proposta. No Rio Grande do Sul, na Bahia e no Paraná/Santa Catarina, os indicativos da FUP também foram referendados por ampla maioria.

Nos demais sindicatos, os resultados parciais das assembleias seguem nessa mesma direção: rejeição massiva da proposta da Petrobrás e aprovação do calendário de luta, que vai de 31 de outubro a 11 de novembro. No Sindipetro Unificado de São Paulo, 99,4% dos votos válidos foram pela rejeição da proposta e 95,1% a favor das mobilizações. Faltam ser consultados somente os trabalhadores dos terminais de Goiás, Brasília e Minas Gerais.

No Amazonas, as assembleias já foram concluídas na maioria das bases, faltando apenas o terminal de Coari, cuja consulta aos trabalhadores será feita no início da semana. Até o momento, não houve voto algum a favor da proposta da Petrobrás.

No Rio Grande do Norte, 99% dos trabalhadores aprovaram os indicativos da FUP, rejeitando por unanimidade a proposta da Petrobrás. As assembleias serão concluídas na segunda, 31. O mesmo acontece em Pernambuco/Paraíba.

No Norte Fluminense, os trabalhadores das bases de terra também estão rejeitando por ampla maioria a proposta da Petrobrás e aprovando o calendário de mobilizações da FUP. Nas plataformas, os petroleiros iniciaram nesta sexta-feira, 28, a avaliação dos indicativos e concluirão as assembleias a bordo no domingo, 30.

No Ceará/Piauí e no Sindiquímica Paraná, as assembleias serão realizadas na próxima semana.

Fonte: FUP