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Publicado: 25/10/2016 | 350 visualizações

De volta aos anos 90: arrocho, corte de direitos, venda de ativos, calote negocial...

Mais de um mês após apresentar uma proposta que foi amplamente rejeitada, a Petrobrás continua propondo arrocho salarial, retirada de direitos e a oficialização do calote negocial, já que até hoje nenhuma solução foi dada para a implementação do ATS dos trabalhadores da Fafen-PR.

Na rodada de negociação do Termo Aditivo do Acordo Coletivo de Trabalho 2015/2017, realizada nesta quarta-feira, 19, a FUP tornou a afirmar que é inadmissível qualquer proposta econômica que não reponha sequer a inflação do período. As direções sindicais deixaram mais uma vez claro que horas extras e jornada de trabalho não são objeto desta negociação e que qualquer questão relativa a esses temas devem ser tratados na Comissão de Regimes, após o fechamento do acordo. Até porque, precisamos entender como a empresa é capaz de gastar R$ 1 bilhão por ano com horas extras gerenciáveis, se insiste em afirmar que está sobrando trabalhador nas áreas. Ou os gerentes são incompetentes ou coniventes com o mau uso destes recursos.

Como nos anos 90, a Petrobrás quer implementar o mesmo receituário que impôs aos trabalhadores no passado redução drástica de efetivos e de salários, cortes de direitos, seguidos acidentes e uma política de desmonte que quase reduziu a empresa a pó. Além de todo este retrocesso, ainda quer jogar sob as costas dos trabalhadores a conta de uma crise que não é só da empresa, mas de todo o setor. Para isso, insiste no argumento mentiroso de que os problemas financeiros da companhia foram causados pela corrupção.

Não há dúvidas de que a atual direção da Petrobrás tem o mesmo DNA dos gestores dos anos 90: só sabe enfrentar crises vendendo ativos, cortando direitos e arrochando salários. Os petroleiros já viram esse filme e não querem reprise. Por isso, é fundamental que os trabalhadores intensifiquem as mobilizações, participando da Operação Para Pedro, dos seminários de greve e das assembleias setoriais, onde os sindicatos têm discutido novas formas de mobilização.

Conselho Deliberativo avaliará a proposta dia 24

No dia 24, o Conselho Deliberativo da FUP reúne-se para avaliar a proposta apresentada pela Petrobrás, definir os próximos passos da campanha, bem como apontar os indicativos para as assembleias, tanto no que diz respeito à proposta da empresa, quanto às mobilizações. As assembleias serão realizadas entre os dias 25 e 30 de outubro. Nos dias 31/10 e primeiro de novembro, a FUP realizará o Seminário Nacional de Qualificação de Greve, conforme deliberação da VI Plenafup.

 

Fonte: FUP