Na semana do aniversário de 63 anos da Petrobrás, os petroleiros e todo o povo brasileiro sofreram um duro golpe com a aprovação do PL 4567/16. Momentos antes do crime de lesa-pátria ser consumado, Pedro Parente usou os jornais para desdenhar do Pré-Sal, minimizando a importância que estas reservas têm para a companhia. No dia da votação, gerentes da Petrobrás circulavam pelo plenário da Câmara, assediando os deputados para que aprovassem o projeto.
A FUP e seus sindicatos estavam do lado oposto do ringue, brigando até o último instante para derrotar o PL 4567. Uma luta que começou em fevereiro do ano passado, com atos no Congresso Nacional, escrachos contra os parlamentares entreguistas, mobilizações nas ruas e nas bases, participações em audiências públicas e em seminários pelo país afora. Junto com os movimentos sociais, a FUP teve papel fundamental para qualificar o debate sobre a importância do Pré-Sal para a Petrobrás e para o país e desmascarar as mentiras dos entreguistas.
Não temos dúvida de que a aprovação do PL 4567/16 foi a primeira grande fatura do golpe, cuja conta está sendo imposta ao povo brasileiro, através do desmonte de conquistas e direitos que levamos décadas para garantir. Nas próximas semanas, os aliados de Temer querem aprovar no Congresso a PEC 241, que reduz drasticamente os recursos para a saúde e a educação, ao impor um teto que congela por 20 anos os orçamentos das áreas sociais, penalizando quem mais precisa do Estado: os pobres.
A conta do golpe não para por aí. O desmonte da Petrobrás segue a pleno vapor, acelerado pela gestão Pedro Parente. Nesta última semana, ele anunciou o início do processo de venda da BR, a entrega de mais dois grandes campos de petróleo na Bacia de Campos e a venda da Usina de Biodiesel de Quixadá, no Ceará.
É esse o cenário de enfrentamento da nossa campanha salarial. Mais do que nunca, os petroleiros precisam se posicionar de que lado estão na disputa com a gestão da Petrobrás. Do lado dos que querem reduzir a nossa empresa a uma operadora de segunda linha do Pré-Sal? Ou do lado que estão construindo a greve para barrar esse desmonte e garantir nossos empregos e direitos?
Próxima reunião com a Petrobrás é dia 13
A Petrobrás agendou para a próxima quinta-feira, 13, reunião específica para tratar do Benefício Farmácia e do ATS dos trabalhadores da Fafen-PR, pendências do Acordo Coletivo que ainda não foram resolvidas pela empresa. A orientação é que os sindicatos intensifiquem as mobilizações em todas as bases, ampliando a Operação Para Pedro e as assembleias setoriais e construindo novas formas de luta nos seminários de qualificação de greve.
Nenhuma negociação avança sem pressão dos trabalhadores. No caso da Petrobrás, é lutar ou perder. Não há meio termo nessa disputa e a escolha que os petroleiros fizerem definirá os rumos da nossa campanha salarial.
Aposentados que repactuaram já garantiram o IPCA
Enquanto a gestão Pedro Parente quer congelar a tabela salarial, os aposentados e pensionistas do Plano Petros que repactuaram já receberam no dia 25 de setembro seus benefícios reajustados automaticamente pelo IPCA, cujo índice é de 8,97%. Quem não repactuou terá que aguardar a conclusão da negociação do Termo Aditivo do ACT de 2015/2017.
Fonte: FUP